Redação: Assessoria Econômica
Em abril, a Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais apontou retração da atividade e do número de empregados. Apesar da queda menos intensa na comparação com os índices apurados em março, o nível de atividade das construtoras continua bem abaixo do usual para o mês.
Para os próximos seis meses, as perspectivas dos construtores mineiros quanto à atividade, às compras de matérias-primas e às contratações permanecem positivas, apesar de revistas para um patamar inferior. No que se refere aos novos empreendimentos e serviços, inclusive, os empresários passaram a antecipar queda, após mostrarem expectativas positivas por seis meses consecutivos. As intenções de investimento também recuaram no mês.
Desempenho da indústria da construção mineira – O indicador de atividade da Construção cresceu 5,0 pontos entre março (40,7 pontos) e abril (45,7 pontos), devolvendo boa parte da queda acumulada nos dois meses anteriores. Com a melhora mensal, o índice sinalizou retração menos acentuada da atividade. O resultado foi 2,7 pontos superior ao verificado em abril de 2018 (43,0 pontos).
O indicador de atividade em relação à usual aumentou 3,0 pontos em abril (33,9 pontos), frente a março (30,9 pontos), mas continuou apontando nível de atividade inferior ao habitual
para o mês. Na comparação com abril de 2018 (27,1 pontos), o índice cresceu 6,8 pontos, e foi o mais elevado para o mês em cinco anos.
O indicador de evolução do número de empregados avançou 1,5 ponto frente a março (41,9 pontos) e marcou 43,4 pontos em abril. O resultado – inferior aos 50 pontos – aponta retração do emprego, ainda que menos intensa em relação a março. O índice foi praticamente igual ao observado em abril de 2018 (43,3 pontos).
Expectativas da indústria da construção mineira – Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses. Valores acima de 50 pontos apontam expectativas de elevação.
Os empresários da Construção antecipam que o nível de atividade deverá ficar praticamente estável nos próximos seis meses, conforme índice de 50,1 pontos em maio. O indicador caiu 5,1 pontos em relação a abril (55,2 pontos) e 1,4 ponto frente a maio de 2018 (51,5 pontos). Vale ressaltar, contudo, que o índice permanece acima dos 50 pontos – fronteira entre queda e aumento – pela sétima vez consecutiva, após ficar abaixo desse patamar por cinco meses.
Os construtores esperam avanço das compras de insumos e matérias-primas, com 50,8 pontos em maio. Contudo, o indicador caiu 4,4 pontos em relação a abril (55,2 pontos). O índice ficou praticamente inalterado na comparação com maio de 2018 (50,9 pontos).
Em maio, o indicador de novos empreendimentos e serviços (49,7 pontos) voltou a apontar perspectiva de queda, após seis meses acima dos 50 pontos. O índice recuou 6,1 pontos na comparação com abril (55,8 pontos) e 1,2 ponto frente a maio de 2018 (50,9 pontos).
O indicador de evolução do número de empregados marcou 51,2 pontos em maio, queda de 2,8 pontos em relação a abril (54,0 pontos). Apesar do recuo mensal, o índice revelou, pelo sexto mês consecutivo, perspectiva de aumento do emprego, ao ficar acima dos 50 pontos. O índice foi 2,1 pontos superior ao de maio de 2018 (49,1 pontos) e o maior para o mês desde 2013 (52,6 pontos).
Intenção de investimento – O índice de intenção de investimento recuou 4,1 pontos frente a abril, registrando 37,8 pontos em maio. Apesar da queda, o indicador cresceu 9,6 pontos na comparação com maio de 2018 (28,2 pontos) e foi o maior para o mês em cinco anos. Vale destacar que o índice vem alternando recuos e aumentos desde o início do ano.