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2° Workshop Gestão e Mercado – Sindileq-MG traz cases de sucesso em locação

Lorenza Coelho/Interface Comunicação

O “2° Workshop Gestão e Mercado”, do Sindileq-MG (Sindicato das Empresas Locadoras de Equipamentos, Máquinas, Ferramentas e Serviços Afins do Estado de Minas Gerais) trouxe profissionais de referência da área de locação de equipamentos, como Edmilson Júnior, da Original Locadora; Ricardo Righi, fundador e CEO do Grupo Minaslaser MTOWER; Adilson Fidélis, Executivo de Soluções de Negócios – RENTAL e o advogado Dr. Paulo Gandra, do Santos de Castro Advogados. Confira:

Como a Original Locadora saiu do zero ao sucesso        

Edmilson Júnior, da Original Locadora, apresentou o case: “Original, do zero ao sucesso”. A trajetória da empresa se resume a três palavras: mentalidade, benchmarking e network. Júnior, hoje aos 30 anos, está à frente da empresa desde 2015. Atualmente, a Original Locações faz parte de um grupo com as seguintes empresas: Elevar Andaimes e Original Express. Em sua palestra, ele contou que teve uma vida simples, mas sempre dedicado, estudou engenharia civil no Brasil e nos Estados Unidos, por meio de bolsas educacionais.

O DNA empreendedor passou de geração para geração: começou com o avô, que tinha uma empresa de assistência técnica, passando para o pai, cuja empresa ainda tinha sua irmã, Bárbara, no Financeiro.

Ao voltar dos Estados Unidos, ele começou a avaliar o mercado e percebeu que os locadores estavam prosperando no mercado. Foi aí que teve o start para iniciar a locação de maquinários.  “Somos resultado de nossa mentalidade. Todas as decisões que tomei para levar a Original onde está são baseadas em uma mente onde eu entendia que deveria ir além do que eu tinha no momento”, comentou. Questionado pelos participantes até onde ele quer crescer ele comentou: “Até onde Deus permitir”.

O Sindleg e o foco no networking

Após a participação de Júnior, o presidente do Sindileg-MG, Eugenio Porto Gazzinelli, reforçou o propósito da entidade, que é estar presente junto aos empresários do setor. Ele também destacou a importância de estar ao lado do Sinduscon-MG no Construa Minas.

Gazzinelli citou a sua participação junto ao sindicato, quando, há 25 anos, associou sua empresa, a Engeloc. A partir daí, começou a participar de discussões do mercado, com pessoas influentes no setor, onde realizou trocas de informações que o ajudaram a destacar sua empresa. ” Assim como o Júnior explicou, percebemos o quanto o networking foi importante para o crescimento de nossa empresa e o Sindileg propicia essa colaboração mútua”, disse.

O sistema de gestão como diferencial competitivo

O tema foi apresentado por Adilson Fidélis – Executivo de Soluções de Negócios – RENTAL e Cláudio Ferreira, gerente de soluções e negócios da TOTVS.  Cláudio iniciou o painel apresentando dados da TOTVS, destacando que se trata de uma organização 100% brasileira, com uma trajetória ao longo dos seus quase 43 anos, com crescimento inorgânico, adquirindo outras empresas e players de Mercado, como a RM Sistema, por exemplo.   

Segundo ele, conta com mais de 70 mil clientes num ecossistema bem complexo. “Estamos presentes em diversos continentes com soluções para diversos negócios. A TOTVS é uma empresa com mais de 50% de Market Share no Brasil e 32% na América Latina e está presente em mais de 40 países”, destacou.

Em seguida, Adilson Fidélis apresentou a Rental, uma solução para gestão de locações desenvolvida pela TOTVS. “O Rental by IT UP Business é um sistema de gestão, voltado para as necessidades específicas do segmento de locação de máquinas e equipamentos. O sistema proporciona melhor controle das receitas, alocação e disponibilidade dos ativos, entregas e devoluções de equipamentos, proporcionando muito mais eficiência em todos os processos operacionais e administrativos da sua empresa”, detalhou.  

“O sistema permite, ainda, um controle mais rigoroso sobre a medição e execução dos contratos e todos os trâmites do processo de locação”, citou Fidélis. “Trata-se de uma visão ainda mais clara e intuitiva do negócio, por meio de dashboards dinâmicos, atualizados em tempo real”, completou.

Englobam o processo dos negócios do Rental: a gestão comercial e de contratos; operação e logística; medição e faturamento; administrativo e integração com back-office; manutenção e integração com TOTVS Fast Analytics. “A implantação do sistema pode gerar um retorno entre 8% e 20% aos empresários”, salientou.

Cláudio por sua vez destacou que todo o programa pode ser utilizado para vários portes de empresas, sejam aquelas menores sejam as que têm tratativas de todos os segmentos internamente. “Um ponto importante é que não há a necessidade de novas contratações de ferramentas de back-office, potencializando o negócio sem a necessidade de novos investimentos em software”, reforçou.  

Sustentabilidade e tecnologia nas operações

Ricardo Righi, fundador e CEO do Grupo Minaslaser MTOWER fez um breve histórico da empresa que hoje tem 23 anos de mercado. Segundo ele, a MTower é uma indústria 100% brasileira especializada no desenvolvimento e fornecimento de soluções móveis, autônomas e sustentáveis.

“Entregamos equipamentos com tecnologia de ponta e empregamos técnicas avançadas de engenharia na idealização e projeto de suas soluções, entre elas, a torre de Iluminação Solar. Nosso propósito é oferecer uma operação mais limpa, segura, sustentável e de baixíssimo custo operacional”, argumentou. Para ele, a sustentabilidade vai muito além da preservação do meio ambiente, mas sim, baseada em diversos outros pilares como o retorno financeiro da operação e do negócio, pessoas, processos e meios.

Ricardo trouxe números dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho (AEAT), realizado pelo Ministério da Previdência Social em 2017, em que cerca de 1,8 milhão de pessoas trabalham na Construção Civil no Brasil. Deste total, mais de 30 mil sofreram acidentes, sendo 227 fatais.

A Torre de Iluminação Solar MTower apresentada é composta de três painéis fotovoltaicos, banco de baterias estacionárias e quatro holofotes LED, que garantem uma operação simples, ergonômica e segura para todos. “Quando carregado, seu banco de baterias estacionárias é capaz de fornecer energia suficiente para os holofotes operarem por até quatro jornadas noturnas, ou 40 horas de trabalho”, contou.

Ele citou ainda que o equipamento totalmente automatizado necessita apenas de um operador para colocá-la em operação. Devido a seu acionamento automático, não é preciso uma equipe dedicada apenas para acionar e desligar a Torre de Iluminação Solar. Por não usar combustível fóssil para sua operação, a Torre de Iluminação Solar MTower é um equipamento 100% sustentável, pois não emite gases do efeito estufa. Além disso, ela não emite ruídos, permitindo sua operação em ambientes fechados e áreas que precisam de trabalho silencioso.

Após fazer explanações sobre a utilização da torre ele trouxe o tema Big Data, mostrando que é possível, por meio desse equipamento, gerar economia aos clientes. Um dos exemplos que citou foi a instalação de um sensor de poeira em uma das torres localizadas em uma mina que coleta dados de poeira.

Ele argumentou sobre o alto custo de um caminhão pipa para drenar essa poeira, uma rotina diária das mineradoras e que geram muito investimento. “Com o mapa da poeira, foi possível reduzir de forma assertiva a utilização dos caminhões diariamente, isso porque a tarefa passou a ser destinada a apenas as áreas com maior índice de poeira. Conseguimos reduzir o custo de 30% de irrigação dessa mina”, comemorou. Temos que pensar diferente em um mercado tão competitivo, ter performances e oferecer aos clientes possibilidades de ganho com o nosso trabalho. Isso, para mim, é sinônimo de sustentabilidade”, concluiu.

Política de cadastro, análise de crédito e cobranças em locação de bens móveis

Encerrando a programação, o advogado, Dr. Paulo Gandra, do escritório Santos de Castro Advogados, que atua junto a empresas de locação de bens móveis, trouxe dicas valiosas sobre a importância do cadastro correto na hora de locar imóveis.  

“É necessário fazer uma análise de crédito bem-feita junto aos clientes, já que se trata de um material caro e importante. O empresário deve avaliar as questões de recuperação de crédito também, caso haja inadimplência. A empresa que possui política própria, bem definida e pré-estabelecida de cadastro de concessão de crédito, costuma ter índices de inadimplência e de golpes menores do que aquelas que não tem normas claras, ou que façam apenas com intuição e improviso”, relatou.

Segundo o advogado, essa política pode ser dividida em duas etapas. A primeira preventiva, com o objetivo de mitigar o risco de golpes, que engloba o cadastro e a análise de crédito. Posteriormente, se a inadimplência ocorrer, identificar qual o plano da empresa para recuperar o crédito.

“Quanto mais a empresa investir em cadastro e concessão de crédito, menor será a inadimplência. Por isso, é importante verificar se na sua empresa o nível de inadimplência está muito alto e intensificar o cadastro. Mas é preciso ter equilíbrio para não gerar desgaste com clientes”, comentou.

Entre as dicas que ele deu, uma delas é identificar corretamente quem é a pessoa que vai formalizar a assinatura.  Ele destacou ainda sobre os diversos tipos de clientes que podem delegar locação de equipamentos, como pessoa física e representantes de associações como os síndicos, por exemplo. Para cada um, ele destacou os tipos de documentos que devem ser apresentados e validados no cadastro.

No caso de pessoa jurídica, descreveu sobre todos os tipos de contratos existentes passando pelos MEIs, aos cadastrados em outros regimes tributários como o Simples Nacional, por exemplo. Ainda sobre a assinatura, destacou a modalidade da assinatura eletrônica, seja ela digital ou as que são geradas por certificados. Ele citou situações de contratos assinados por representante da empresa, salientando ser importante colher carimbo, da empresa, o nome e o CPF da pessoa que assinará o contrato.

“O que mais gera problemas nesse mercado é a devolução dos bens, por isso, um ponto importante é colher assinatura de notas fiscais e comprovantes de entrega ao locatário, o que comprova que o bem saiu da empresa e entregue ao cliente. Em caso de não devolução, serve como prova. No caso de bens danificados, é importante fotografar e pedir ao responsável para assinar”, comentou.

Ele destacou a importância de avaliar também órgãos de proteção do crédito, além de plataformas digitais  com diversos dados da pessoa como restrições financeiras, problemas judiciais, dentre outros dados. “O ideal é fazer um dossiê do próprio cliente”, relatou.

Depois de todas as etapas de cautela, correm o risco e a fase contenciosa deve seguir uma rotina, tentar negociar por telefone, por e-mail. Caso contrário, deve-se partir para uma etapa jurídica. Porém, ressaltou que boletos e duplicatas, por exemplo, não podem ser protestados. Por isso, é necessário cautela sobre como agir e conversar sempre com o advogado que atende a empresa. 

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