Após, o economista João Carlos Scandiuzzi ministrou a palestra “Brasil, incerteza política: impactos econômicos e financeiros”. Entre suas falas, ele apontou que o cenário favorável dos primeiros meses de 2017 fez com que a confiança dos consumidores e dos empresários viesse se recuperando. Mas, as recentes notícias políticas deverão afetar – em um grau ainda não preciso – o crescimento do País. O economista acredita que mesmo diante dos últimos fatos, os próximos meses podem apontar um panorama resiliente. “O Brasil tem atualmente 375 bilhões de dólares de reserva, o que representa 20% do Produto Interno Bruto (PIB). O Tesouro está endividado, mas tem caixa, liquidez”. E completa: “Não tem motivo para as pessoas entrarem em pânico. O cenário tornou-se estável e há certo consenso em torno da necessidade da retomada do crescimento”, analisa.Na segunda apresentação, o analista Gustavo Cambauva fez um diagnóstico do impacto da crise no setor imobiliário do País. “O Brasil viveu um momento muito bom em 2008, 2009 e 2013 com ambiente de juros muito baixos. Mas, 2016 foi o pior ano da indústria e 2017 mostrava que seria bom”, pontua. Ao analisar os últimos anos, o economista diz “que o cenário ainda é negativo, mas o pior momento já passou”. No mercado imobiliário, Cambauva conta que “a velocidade de vendas está próxima do menor patamar histórico, mas o nível de estoques de imóveis está se normalizando”. O analista também diz que “os bancos ainda não baixaram juros de forma relevante, porém uma taxa Selic mais baixa pode iniciar esse movimento”, acredita.