Elizeu Lopes Repórter O Tribunal de Justiça de Minas Gerais iniciou, ontem, as obras na área de 14,400 mil metros quadrados para a construção da sua nova sede no Barro Preto, quarteirão formado pelas ruas Uberaba, Alvarenga Peixoto, Tenente Brito Melo e Gonçalves Dias. O valor total da obra é de R$ 378 milhões. Esta primeira fase custará R$ 20 milhões, sendo R$ 13 milhões pela demolição, terraplenagem e contenção. Os outros R$ 7 milhões serão para a licitação dos projetos estruturais. A construção da sede, com uma área total de 138,345 mil metros quadrados custará R$ 358 milhões, e os recursos já estão sendo garantidos, a partir do orçamento deste ano e dos próximos quatro anos. São dois blocos, um com 11 andares, e o outro, com sete. O edital final do processo licitatório será feito em dezembro. Segundo o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Orlando Adão Carvalho, com a nova sede, a Justiça mineira ganhará agilidade, porque a atual sede só comporta 120 desembargadores; a nova, 170. A construtora paulista Delta Construções S/A foi a vencedora da primeira etapa do processo licitatório (demolições terraplenagem e contenção), que deve durar até oito meses. A cerimônia de lançamento da pedra fundamental está marcada para o próximo dia 7, às 15 horas. De acordo com o engenheiro gestor da obra e fiscal da Diretoria Executiva de Administração Predial (Dengep) do Tribunal de Justiça, Belmiro de Paula Marques Neto, haverá no local a presença de um engenheiro do Tribunal no período da manhã e outro, à tarde, além de estagiários. ½O cronograma de mão-de-obra direta e indireta estabelece um contingente inicial de 100 operários. No pico da obra, deveremos ter mais de 150 homens trabalhando”, disse Belmiro de Paula. Já a Delta manterá no canteiro de obras, em tempo integral, um engenheiro de produção e um mestre de obras. Integra também a equipe da empresa, além do gestor do contrato, um engenheiro de planejamento. A edificação será erguida no quarteirão formado pelas ruas Uberaba, Alvarenga Peixoto, Tenente Brito Melo e Gonçalves Dias, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte. O cronograma físico geral prevê, durante os primeiros 30 dias, a limpeza inicial do terreno; instalações do canteiro de obras (tapume metálico e placas), da galeria de proteção, do escritório da obra (refeitórios e vestiários) e da guarita; bem como instalações provisórias de água, esgoto e energia elétrica. Em relação às intervenções na vias públicas no entorno da obra, Belmiro Neto esclarece que os impactos relacionados à geração de resíduos, especificamente quanto ao transporte e acondicionamento, serão tratados em detalhes no Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Especiais (PGRSE), com a aprovação da BHtrans, em função do trânsito de caminhões. “A rota dos veículos e horário de movimentação serão definidos pela Prefeitura de Belo Horizonte”, acrescenta. Calcula-se que serão gerados cerca de 140 mil m3 de entulho, demandando aproximadamente 23 mil viagens de caminhão para retirá-lo. Todos os caminhões usados para o transporte de entulho serão cobertos com lona, para reduzir a sujeira nas ruas e a poeira. Belmiro Neto alerta que cerca de 50% da área do passeio, equivalentes a dois metros, serão absorvidos para assentamento do tapume em todo o perímetro do terreno. “O tapume metálico foi escolhido, em função da longevidade do material, e serão mantidos ao longo de toda a construção, visando garantir maior segurança e evitar riscos de acidentes”, revela o engenheiro.