Construtora lançou papéis no valor de R$ 300 milhões, com prazo de vencimento de cinco anos. Construtora deve usar recursos em seus projetos A MRV Engenharia e Participações S/A concluiu a emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões, anunciada no início de junho. Os papéis possuem prazo de vencimento de cinco anos, com amortização do terceiro ao quinto ano. Além disso, os títulos mobiliários foram divididos em duas séries, sendo a primeira de R$ 271,4 milhões que irá pagar CDI mais 1,5% ao ano. A segunda remessa, de R$ 28,6 milhões, será atualizada pelo IPCA, com juros anuais de 10,8%. A construtora pretende utilizar 80% dos recursos captados na execução de seus projetos e 20% para aquisição de novos terrenos. A emissão foi a primeira operação dentro do Programa de Distribuição de Debêntures da companhia, que prevê captar até R$ 1,3 bilhão nos próximos dois anos, através da oferta pública de papéis simples, não conversíveis em ações. Quando anunciou o plano de captação, no início de junho, a MRV também havia obtido elevação na classificação de risco pela Standart & Poor’s. A agência de rating elevou a empresa para a graduação AA-, poucos degraus abaixo da classificação máxima AAA. Para os investidores, isso significa que os papéis emitidos pela construtora, incluindo os debêntures, são seguros e apresentam baixo risco de calote. Planejamento – Na avaliação da agência, a construtora teria um planejamento eficiente, que proporciona a rapidez no número de lançamentos imobiliários, além da velocidade de vendas da companhia, sobretudo de unidades comercilizadas na planta, reduzindo parte das incertezas. Conforme informações da MRV, a classificação também possibilitará à construtora tomar crédito mais barato devido exatamente à maior segurança que o rating proporcionou. Analistas de mercado também acreditam que a construtora possui pontos favoráveis, como alta capitalização, acentuada pela capitalização de pouco mais de R$ 1 bilhão em seu IPO, ou processo de abertura de capital, iniciado em agosto do ano passado. Além disso, eles destacaram a posição de liderança da construtora no segmento de baixa renda e a qualidade e eficiência do processo construtivo. Aliás, o aumento da graduação surgiu em um momento especial para a MRV, contemplado por um ambicioso plano de crescimento para 2008. As projeções são de que o valor geral de vendas (VGV) fique entre R$ 2 bilhões e R$ 2,2 bilhões, enquanto as vendas contratadas devem chegar a R$ 1,5 bilhão. No ano passado, o VGV foi de R$ 1,3 bilhão e as vendas de R$ 783,2 milhões. MARX FERNANDES