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Entidades fazem propostas para candidatos à PBH

Empresariado quer agência de desenvolvimento Criar uma agência de desenvolvimento com o objetivo de atrair investimentos e impulsionar o turismo de negócios, com a participação das entidades de classe, é uma das propostas do “Movimento BH Novos Tempos”, formado por 41 entidades de vários setores da economia mineira, aos candidatos à prefeitura da Capital. “Queremos desenvolver ainda mais os potenciais de Belo Horizonte”, ressaltou o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Roberto Alfeu Pena Gomes. Ontem, o movimento divulgou para a imprensa, no auditório do Mercado Central, no centro de Belo Horizonte, algumas das 107 propostas desenvolvidas e já entregues aos concorrentes que desejam ocupar o cargo mais importante do Executivo municipal. Tecnologia – De acordo com Pena Gomes, um dos dirigentes que integra o movimento, além do turismo de negócios, a Capital tem condições de receber empresas de tecnologia. “Belo Horizonte melhorou muito nos últimos anos, mas ainda é necessário caracterizar sua aptidão e melhorar o marketing da cidade”, disse. Além de entidades patronais, o movimento conta com participação de sindicato e associações de empregados. Apesar da evolução destacada pelo dirigente, Belo Horizonte passou da quinta para a sexta posição no ranking das “100 Melhores Cidades Brasileiras para Fazer Carreira”, desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas (FVG) do Rio de Janeiro. O motivo apontado foi a falta de vigor econômico. Nesse quesito, a capital mineira ocupou a 56ª classificação. O vigor econômico é baseado no Produto Interno Bruto (PIB) per capita do município e também na arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS). O presidente da CDL-BH afirmou que as entidades que compõem o movimento estão preocupados justamente com a questão do desenvolvimento da cidade. “As propostas que entregamos não se referem aos interesses de uma entidade, não visam favorecer uma categoria, mas toda a sociedade. Afinal, somos todos moradores de Belo Horizonte”, salientou. Ele afirmou que o “BH Novos Tempos” quer melhorar o relacionamento da futura gestão municipal com as entidades de classe. Pena Gomes ressaltou que o movimento não apoia nenhum partido na sucessão municipal. “O nosso compromisso é com cidade”, frisou. Rodoanel – Outra proposta, na área de mobilidade, está relacionada ao desenvolvimento de uma solução para o trânsito das avenidas do Contorno e Nossa Senhora do Carmo, no Vetor Sul da capital. Para tanto, o executivo municipal deverá viabilizar obras estruturantes, como um novo anel rodoviário (Rodoanel). Também foi mencionado a melhoria do transporte público, expansão do metrô e intervenções viárias entre os municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), principalmente em Nova Lima. Metrô – O presidente do Mercado Central, Macoud Rademacker Patrocínio, ressaltou que o acesso, com destaque para a região central de Belo Horizonte, está cada dia mais complicado. “A saída é investir no metrô. E a parceria com a iniciativa privada pode ser uma solução”, disse. Opinião compartilhada pela diretora de Pesquisa e Qualidade de Produtos do Movimento das Donas de Casa, Terezinha Furst Teixeira. “Vale ressaltar que o metrô de superfície não é viável em função da falta de espaço. Terá que ser o subterrâneo”, observou. O presidente da Associação do Comércio de Materiais de Construção de Minas Gerais (Acomac-MG), Ricardo Geovanni Fortuna Caos, ressaltou que as propostas do movimento também incluem aspectos sociais. “Não adianta apenas aumentar os muros. É preciso inserir os moradores dos aglomerados, vilas e favelas na sociedade”, disse. Pena Gomes salientou que as grandes cidades no país convivem hoje com aglomerados, vilas e favelas, e Belo Horizonte tem passado pelo processo de urbanização crescente das mesmas. Para ele, as favelas não têm relação direta com os investimentos no sentido de afugentá-los. “Temos é que tratar a ecomomia, o desenvolvimento econômico, com o objetivo de reduzir as desigualdades”, destacou. Uma das propostas que serão debatidas com os candidatos à prefeitura, no próximo dia 16, é justamente a implementação de um programa de moradia de baixa renda, ampliando a participação da Prefeitura de Belo Horizonte nos programas de habitação de interesse social e na revitalização dos aglomerados. De acordo com o presidente da CDL-BH, outra preocupação do movimento é a desorganização urbanística. Para isto foi desenvolvida a proposta de implementar efetivamente o Programa de Arquitetura e Engenharia Pública como instrumento de inclusão social. JULIANA GONTIJO