No momento em que o Brasil tenta recuperar a geração de empregos, a programação do 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC) foi repensada para ajudar a explorar o potencial do setor na realização de investimento e discutir mecanismos e tecnologias que farão o seu futuro. Promotora do evento, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), abriu espaço para rodadas de negócios e reuniões destinadas a abrir novas oportunidades de negócios no setor. O evento será realizado de 15 a 17 de maio de 2019, no Rio de Janeiro (RJ).
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, afirma que essa mudança no ENIC é natural pois a indústria da construção é uma das principais alavancas do PIB. Segundo ele, a cadeia produtiva do setor responde por quase 10% do PIB brasileiro.
“Estamos trabalhando para que o 91º ENIC se torne mais abrangente e completo, ratificando sua posição de maior evento da construção civil do Brasil. Cuidamos para que ele ganhasse novos conteúdos, espaços para discussões e formatos de integração, a fim de promover ainda mais o networking e a realização de negócios“, reforça Martins.
As inscrições para o 91º ENIC estão abertas aqui.
Pedra no Lago
Coordenador do Banco de Dados da CBIC, Daniel Furletti, define os resultados da indústria da construção por meio do chamado efeito ‘Pedra no Lago’. “Joga-se uma pedra no lago e vais se formando ondas em todo ele”, explica.
Segundo Furletti, os empregos e tributos criados na construção são efeitos primários e as vagas de trabalho geradas nos setores fornecedores de insumos e serviços à construção representam o efeito indireto. “São gerados empregos e tributos na construção nas atividades de sua cadeia e ainda ocorre o efeito induzido. A renda decorrente com os empregos diretos e indiretos gerados acaba por impactar as atividades, notadamente as de subsistência – alimentação e vestuário”, acrescenta.
Ainda de acordo com Furletti, o ENIC tem a capacidade de frisar o papel estratégico do ponto de vista socioeconômico que a construção civil exerce. “O papel é social, devido ao seu produto em si, indispensável no tocante à moradia, ao saneamento básico, às obras de infraestrutura e de mobilidade e logística. É econômico, devido à sua extensa cadeia produtiva e, ao recuperar suas atividades o setor construtor gera impactos positivos em toda economia”, explica.