A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais registrou queda mais intensa da atividade e do número de empregados em maio, frente a abril. O nível de atividade das empresas ficou bem inferior ao usual para o mês, sugerindo que o setor continua com baixo dinamismo.
Apesar do fraco desempenho da construção, houve melhora, na comparação mensal, das perspectivas dos empresários mineiros quanto à atividade, às compras de matérias-primas e às contratações para os próximos seis meses. Vale destacar, entretanto, que os índices de expectativas vêm oscilando mês a mês, após terem atingido patamares mais elevados no início do ano. As intenções de investimento recuaram pela segunda vez consecutiva e registraram o menor nível em 2019.
Desempenho da indústria da construção mineira – O indicador de atividade da Construção caiu 2,8 pontos na comparação com abril (45,7 pontos) e marcou 42,9 pontos em maio. O resultado revelou queda mais intensa da atividade no mês, ao distanciar-se dos 50 pontos – fronteira entre recuo e elevação. O índice mostrou pequeno aumento, de 0,2 ponto, na comparação com maio de 2018 (42,7 pontos), e foi o mais elevado para o mês em cinco anos.
O indicador de atividade em relação à usual decresceu 7,0 pontos entre abril (33,9 pontos) e maio (26,9 pontos), e seguiu apontando nível de atividade inferior ao habitual para o mês. Frente a maio de 2018 (25,2 pontos), o índice avançou 1,7 ponto.
O indicador de evolução do número de empregados recuou 0,7 ponto em relação a abril (43,4 pontos), registrando 42,7 pontos em maio. Com a queda, o índice apontou retração mais acentuada do emprego. O indicador também foi inferior ao apurado em maio de 2018 (43,3 pontos).
Expectativas da indústria da construção mineira – Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses. Valores acima de 50 pontos apontam expectativas de elevação.
Os empresários da Construção estimam que o nível de atividade irá aumentar nos próximos seis meses. Contudo, o indicador – que chegou a atingir 60,8 pontos em fevereiro – oscilou ao longo do primeiro semestre e registrou 53,4 pontos em junho, valor mais próximo do nível neutro dos 50 pontos. O índice avançou 3,3 pontos frente a maio (50,1 pontos) e 8,0 pontos em relação a junho de 2018 (45,4 pontos), quando as expectativas foram seriamente impactadas pela greve dos caminhoneiros.
Em linha com a perspectiva de crescimento da atividade, os construtores esperam avanço das compras de insumos e matérias-primas, com índice de 52,2 pontos em junho. O indicador aumentou 1,4 ponto na comparação com maio (50,8 pontos) e 6,8 pontos frente a junho de 2018 (45,4 pontos), e foi o melhor para o mês em sete anos.
Após ficar abaixo dos 50 pontos em maio, o índice de novos empreendimentos e serviços voltou a apontar expectativa de crescimento para os próximos seis meses, registrando 51,7 pontos em junho. O indicador cresceu 2,0 pontos em relação a maio (49,7 pontos) e 8,7 pontos frente a junho de 2018 (43,0 pontos), e foi o maior para o mês em sete anos.
O índice de evolução do número de empregados aumentou 2,6 pontos entre maio (51,2 pontos) e junho (53,8 pontos). Esse foi o sétimo mês consecutivo em que os empresários anteciparam elevação do emprego nos próximos seis meses. O indicador ficou 8,3 pontos acima do verificado em junho de 2018 e foi o melhor para o mês desde 2012 (61,0 pontos).
Intenção de investimento – O índice de intenção de investimento caiu 3,4 pontos frente a maio (37,8 pontos) e marcou 34,4 pontos em junho, o menor nível registrado em 2019. Por outro lado, o indicador avançou 6,2 pontos em relação a junho de 2018 (28,2 pontos) e foi o mais elevado para o mês em cinco anos.