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PBH inicia seleção de terrenos para plano de habitação

Há carência de terrenos para projetos na Capital. ALISSON J. SILVA Faltam terrenos para programa habitacional em BH A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) deverá iniciar a seleção de terrenos para o programa do governo federal “Minha casa, minha vida”, na próxima semana. De acordo com informações do Executivo municipal, o processo que estabelece os critérios que serão usados na adoção do projeto na Capital já está em fase final e seria a última etapa antes do processo de seleção de áreas, que será feito em parceria com as construtoras. Embora esteja se empenhando em fazer parte do pacote habitacional do governo federal, que espera construir 1 milhão de casas com investimentos da ordem de R$ 60 bilhões, a PBH poderá esbarrar em um problema. Os terrenos livres para novas construções na Capital não somam mais de 20% do total do município, conforme levantamento da própria prefeitura. Minas Gerais será o segundo Estado em número de residências, com cerca de 88 mil moradias. Com a escassez de terrenos, a maior demanda deverá partir dos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), foco das contrutoras e ainda com grande disponibilidade de áreas para construção. A Caixa Econômica Federal (CEF) disponibilizou aos estados e municípios desde a última semana os termos de adesão ao programa. O planejamento inicial compreendia somente localidades com mais de 100 mil habitantes e na maioria municípios da RMBH. De um total de 853 cidades, pelo critério de restrições dos municípios contemplados, Minas Gerais teria pouco mais de 50 cidades beneficiadas, sendo que cerca de 30 delas na RMBH. As medidas alcançariam apenas cerca de 6% dos municípios mineiros. Demanda – O governo federal divulgou que Minas seria o segundo estado em número de unidades residenciais, atrás apenas de São Paulo, cuja previsão é de quase 184 mil habitações. Porém, o déficit habitacional mineiro é de aproximadamente 700 mil moradias e a União não deu um prazo para efetivar o programa. As moradias que serão construídas no Estado pelo pacote deverão compreender apenas 12% do déficit. Entre as construtoras que estão se preparando para a demanda do programa da União, a MRV Engenharia e Participações S/A tem cerca de 25 mil unidades habitacionais prontas para serem incorporadas ao “Minha casa, minha vida”, segundo a empresa. MARX FERNANDES