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Recursos da Caixa para MG somaram R$ 5,071 bi

Liberações 130% superiores a 2008. BRUNO PORTO. A Caixa Econômica Federal (CEF) liberou R$ 5,071 bilhões em financiamentos habitacionais neste ano para Minas Gerais entre janeiro e novembro, 130,5% a mais que o registrado em todo o ano passado, que somou R$ 2,2 bilhões. O volume, recorde histórico da instituição financeira no Estado, foi destinado a 133,124 mil financiamentos. Do montante total, R$ 2,549 bilhões tiveram origem no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 2,521, no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O ritmo acelerado dos desembolsos fizeram a Caixa revisar a meta de financiamentos para 2009 em duas oportunidades. Inicialmente, tendo como base o total de crédito imobiliário concedido em 2008, a previsão era atingir R$ 3 bilhões em desembolsos. Nos nove primeiros meses deste ano a meta já havia sido superada e a Caixa aumentou a estimativa para R$ 5 bilhões, valor superado no mês passado. De acordo com o gerente regional de Habitação da Caixa, Marivaldo Araújo Ribeiro, a previsão agora é que os financiamentos sejam equivalentes a até R$ 6 bilhões. “Mesmo sabendo que o mercado está favorável para o setor imobiliário, somos surpreendidos pela alta procura pelas linhas de crédito, principalmente pela classe média”, afirmou. Segundo ele, a redução das taxas de juros e o alongamento dos prazos para pagamento de imóveis deixaram os finananciamentos mais atrativos. No ano passado, a participação da classe média – desembolsos originados dos recursos do SBPE para as famílias com renda mensal superior a R$ 4,9 mil – foi de R$ 1 bilhão. No exercício em curso, até novembro, saltou para os R$ 2,521 bilhões, um expressivo crescimento, superior a 150%. Os desembolsos realizados com recursos do FGTS em todo o ano passado totalizaram R$ 1,2 bilhão, que na comparação com os R$ 2,549 bilhões dos 11 primeiros meses deste ano registraram alta de 108%. A Caixa, antes da crise, respondia por menos de 50% das unidades habitacionais financiadas no país, porém, com o enxugamento do crédito pelas instituições financeiras privadas, em virtude da retração econômica, a fatia de participação da instituição estatal saltou para 71%. Segundo a Caixa, o financiamento do banco em habitação gerou 508,759 postos de trabalho na construção civil do Estado neste ano sobre os 213,365 mil no ano passado. Para 2010, conforme Ribeiro, a Caixa planeja novo recorde de desembolsos. “A meta para o ano seguinte sempre é superior à do que passou. Portanto, avaliamos que os financiamentos, no mínimo, serão maiores que R$ 6 bilhões”, disse. O grande volume de unidades habitacionais em construção e que deverão ser entregues a partir de fevereiro, segundo o gerente da Caixa, deverá impulsionar a concessão de crédito imobiliário. A projeção é de financiar 1 milhão de moradias. Em todo o país a Caixa registrou até 30 de novembro a contratação de recursos da ordem de R$ 39,3 bilhões em crédito destinado ao financiamento de moradias. O volume é R$ 15,7 bilhões maior que o previsto no início do ano e 93% superior ao registrado em igual intervalo de 2008, R$ 20,3 bilhões). O crédito foi destinado a 756,507 mil financiamentos, sendo que 42% do volume atendeu a famílias com renda de até cinco salários mínimos. O valor médio do imóvel financiado foi de R$ 69 mil.