Fonte: CBIC
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou, pela segunda vez consecutiva, a Selic em 0,75 ponto. A taxa, que era 2,75% a.a, passou a ser 3,50% a.a, o que corresponde ao maior patamar desde março do ano passado.
Em março de 2021, o Copom aumentou a Selic pela primeira vez em quase seis anos e a estimativa é de que a taxa encerre o ano em 5,50%.
“O novo aumento da Selic ocorre em meio ao crescimento das expectativas para a inflação, que tem se mostrado mais persistente do que o esperado, e a perda de dinamismo da economia”, destaca a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
Na avaliação da economista, diante de um cenário com sérias preocupações, tanto no campo da saúde pública, quanto no campo econômico, setores estratégicos, como o da construção civil, precisam ser cada vez mais acionados para contribuir com o incremento de atividades no País e com a maior geração de emprego e renda.
“Infelizmente, o setor vem registrando redução de atividades e forte elevação de custos. Neste contexto, os aumentos da Selic, previstos para este ano, podem ser mais um elemento de preocupação”, destaca Vasconcelos, ao reforçar a necessidade de acompanhar como eles refletirão nas taxas de juros dos financiamentos imobiliários.
“Em 2020, o baixo patamar de juros contribuiu para o incremento do volume deste tipo de crédito. Quanto menor a taxa, menor será a prestação a ser paga e maior será a abrangência de famílias atendidas”, diz.
Veja íntegra de análise sobre o tema no Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC.
(Imagem TradeMap)