Projetos do Sinduscon-MG qualificam e requalificam trabalhadores para o mercado de trabalho Tendo em vista a valorização do profissional da construção civil e a necessidade de atender ao aumento da demanda por mão de obra qualificada, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) realizará a formatura de dois programas nesta semana. A primeira formatura foi a do “Projeto Multiplicadores nos Canteiros de Obras”, que aconteceu no dia 17 de março, no Centro de Formação Profissional Paulo de Tarso. Resultado de uma parceria com o Senai-MG, este foi um projeto-piloto que capacitou 40 operários de construtoras, nas funções de pedreiro de alvenaria, pedreiro de acabamento, armador de ferros e carpinteiro de fôrmas, agregando valores, conhecimentos e habilidades necessárias para que eles sejam multiplicadores no próprio canteiro de obras. “O projeto propõe que o trabalhador que já atua no setor seja o instrutor dos funcionários do canteiro, qualificando e ampliando a mão de obra existente. Com isso, os conhecimentos vão sendo replicados, abrangendo cada vez mais operários, uma vez que o multiplicador repassa as informações para seus colegas de obra”, explica o vice-presidente de Política, Relações Trabalhistas e Recursos Humanos do Sinduscon-MG, Bruno Vinícius Magalhães, ressaltando que esta foi uma alternativa encontrada para atender rapidamente às necessidades das construtoras. As aulas de aperfeiçoamento do projeto-piloto, realizado no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011, com uma carga horária de 80 horas/aula para cada modalidade, aconteceram no SESI Comar, na Gameleira, e no Centro de Formação Profissional Paulo de Tarso. Segundo Bruno Magalhães, a próxima turma do “Projeto Multiplicadores” já está sendo organizada junto às construtoras e oferecerá os mesmos cursos a partir de meados de junho. A segunda foi a dos cursos profissionalizantes do “Programa de Requalificação de Mão de Obra da Construção Civil”, promovido pelo Sinduscon-MG e pela Universidade FUMEC, por meio da Faculdade de Engenharia e Arquitetura, e aconteceu no dia 19 de março, no auditório da Universidade. Ao todo, 44 operários receberão certificados dos cursos de pedreiro de alvenaria, eletricista instalador predial e bombeiro instalador predial. O programa, que está em sua oitava edição e já qualificou 356 trabalhadores já atuantes no mercado, foi realizado durante quatro meses, com aulas aos sábados, num total de 120 horas/aula, nas salas e laboratórios da Universidade FUMEC. Nos cursos, os alunos receberam noções de sociedade e urbanismo, interpretação de textos, de matemática, qualidade na construção e leitura de projetos (arquitetural, estrutural e de instalações hidrosanitárias, elétricas e complementares), além de um módulo básico comum, de 48 horas, que tratou de temas ligados à realidade do trabalhador de canteiros. “O programa é direcionado para profissionais que já trabalham no setor e seu objetivo é aperfeiçoar os conhecimentos técnicos e humanos para que essa mão de obra esteja cada vez mais bem preparada”, destaca o vice-presidente do Sinduscon-MG. Segundo ele, o programa foi idealizado há cinco anos com uma proposta inovadora no setor: a de propor a discussão do contexto sócio-político do trabalhador e de desenvolver atividades que estimulassem e apoiassem ações de responsabilidade social e de conformidade profissional, além do aprimoramento da expressão oral e escrita a partir de temas ligados à realidade. “Seu objetivo é a melhoria da qualidade profissional, a partir do entendimento da obra no contexto urbano, abrangendo os seus impactos no entorno, o conhecimento das novas tecnologias e o uso devido dos recursos disponíveis”, complementa. De acordo com Bruno Magalhães, o programa objetiva também trazer um retorno para a sociedade, uma vez que a maior qualificação do operário culmina na obtenção de obras com maior qualidade, menor prazo de execução e, conseqüentemente, melhor desempenho do custo/benefício. “Aliado a tudo isso, existe também na sua concepção, a preocupação ambiental, já que o trabalhador consciente reduz desperdício, gerando menos entulho a ser depositado de forma inadequada no meio ambiente”, completa.