Sinduscon – MG

Notícias

Home / FGV apresenta estudo da produtividade da construção civil hoje à tarde em BH – no 84º ENIC

FGV apresenta estudo da produtividade da construção civil hoje à tarde em BH – no 84º ENIC

Economista Ana Castelo, da FGV, explica crescimento de 3,1% na produtividade do setor A eficiência nos processos construtivos no Brasil cresceu 3,1% entre os anos de 2003 e 2009. Os dados são do estudo “A produtividade na Construção Civil”, que será divulgado, hoje, durante o 84º Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC), no Expominas, em Belo Horizonte, durante reunião do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), das 14 às 15 horas. O fator que mais contribuiu para essa alta foi o aumento da produtividade da mão de obra, que registrou alta de 5,8% no mesmo período, enquanto o desempenho do fator capital apresentou recuo de 3,5%. Na primeira parte, o estudo se baseou nos dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificando a variação da produtividade dos fatores de produção. O período de análise contemplou um momento de forte crescimento no setor no país. Em 2003, o valor adicionado bruto da construção civil, o chamado PIB da construção, era de R$ 68,9 bilhões e saltou para R$ 146,8 bilhões em 2009, último ano de dados disponíveis quando o levantamento foi iniciado, há cinco meses. Uma alta de 213% em sete anos. De acordo com a coordenadora de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo, o aumento da eficiência nos processos construtivos de forma global ajudou no desempenho. “O conceito de produtividade total dos fatores inclui o trabalho, o capital e a inovação”, reforça. O crescimento dos níveis de eficiência da mão de obra está interligado ao aumento da formalização dos trabalhadores no setor de construção, que era de 19% em 2003 e passou a ser de 30% em 2009. Entretanto, a escassez de pessoas qualificadas é, hoje, um gargalo para a indústria da construção. Na segunda parte da pesquisa, um Levantamento sobre as percepções quanto ao mercado foi feito com 166 empresas sediadas em 15 estados brasileiros. Foram consultadas construtoras com cinco ou mais funcionários. Quando os gestores foram perguntados qual a maior dificuldade para se investir em capital, como máquinas e equipamentos, o resultado surpreendeu. “Achávamos que os juros altos e o acesso ao crédito seriam os mais citados. Mas primeiro foi a falta de trabalhador qualificado para operar o maquinário. Depois veio o custo do capital”, afirma Ana Castelo. Por isso, a pesquisadora considera que a saída para o setor manter o crescimento observado na última década está no investimento em novos processos construtivos, priorizando a gestão eficiente dos recursos e fatores de produção. Contudo, ela adverte que o crescimento da produtividade do fator trabalho vem sendo suprimida nos últimos anos pelo aumento dos salários. “Isso ascende o sinal amarelo. A preocupação quanto à mão de obra deve estar na ordem do dia do setor”, registra Ana Castelo. Por Bruno Carvalho – Enic