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Congresso de Materiais e Tecnologia do Sinduscon-MG movimenta segundo dia do Construa Minas

A 21ª edição do Congresso Sinduscon-MG de Materiais e Tecnologia movimentou o segundo dia de atividades do Construa Minas, na tarde e noite de terça-feira, dia 18 de outubro, no espaço The One Business. O tema central das palestras foi sobre patologias que afetam diversas fases de um processo de construção, desde a fundação até a utilização do empreendimento.

O engenheiro Inácio Vale Ribeiro, vice-presidente do Sinduscon-MG, abriu os trabalhos do Congresso ressaltando a importância da troca de experiências entre profissionais gabaritados para que as principais patologias da construção possam ser minimizadas. O primeiro palestrante foi o engenheiro e professor Anderson Antônio Gervásio da Silva, especialista em investigações geotécnicas, que tratou das patologias relacionadas ao processo de fundação e prospecção de terreno.

Anderson Antônio destacou que a ausência de investigação do subsolo em obras de pequeno e médio porte está, invariavelmente, ligada a motivos econômicos. Porém, essa economia na prospecção pode custar muito mais caro depois, porque pode ser necessário efetuar correções futuras para resolver problemas de recalques em fundações diretas e profundas de fundo estético, funcional e estrutural. “Essa economia pode se revelar um grande prejuízo depois”, explica o especialista.

Em seguida, o também engenheiro e professor Leonardo Braga Passos apresentou as principais patologias que ocorrem nas estruturas. “Para cada doença temos um remédio, um diagnóstico e uma terapia”, diz. Os principais problemas, segundo ele, são as trincas, fissuras e rachaduras. E todos esses defeitos podem ocorrer em função de erros nas três principais etapas da vida de uma estrutura, que são: planejamento/projeto, fabricação/execução e utilização. “Toda obra precisa de bons projetos, controle de qualidade dos materiais, realização de ensaios durante a execução, inspeção periódica das estruturas e planos de manutenção eficientes”, resume Leonardo.

“Principal patologia em vedações de edificações” foi o tema da terceira palestra, ministrada pelo engenheiro Roberto de Araújo Coelho. Em sua apresentação, ele apresentou slides detalhados sobre como se deve evitar fissuras na alvenaria de vedação, levando-se em conta variações de umidade e questões térmicas. “Toda edificação tem uma linguagem e seu aspecto visual comunica suas doenças. Isso exige profissionais capacitados para decodificar e detectar as patologias para tratá-las de maneira preventiva, com previsibilidade”, afirmou Roberto. Após a terceira palestra, houve um debate com perguntas abertas ao público.

A segunda parte do Congresso iniciou com uma fala de Ivan Aliberti, representante no Brasil da empresa italiana de argamassa e rejuntes Fassa Bartolo. Uma das patrocinadoras do Construa Minas, a Fassa Bartolo tem um trabalho centenário e há dois anos construiu sua primeira subsidiária no Brasil, na cidade mineira de Matosinhos, onde investiu R$ 300 milhões. Além de argamassas e outros produtos, a empresa trouxe para o Brasil a tecnologia de silos compactos que são utilizados no próprio canteiro de obra, o que minimiza perdas, reduz os resíduos, otimiza o tempo, automatiza os serviços, melhora acabamento com técnicas de aplicação e reduz o consumo de massa corrida e tinta. É o que se chama de produzir argamassa “just in time”, com dosagem eletrônica. O sistema de silo está sendo utilizado na construção da Arena MRV, em Belo Horizonte.

No final da tarde, o Congresso ainda contou com as participações do professor doutor Otávio Luiz do Nascimento, que apresentou as principais patologias em revestimentos argamassados, e do professor Antônio Neves Carvalho, que abordou os problemas que envolvem revestimentos em cerâmica.