Este mês de outubro tem sido de muita movimentação para o setor da Construção. Importantes eventos vêm debatendo o futuro do setor, se debruçando, principalmente, sobre temas e projetos que envolvem o ganho de competitividade e sustentabilidade das empresas. Hoje vivemos um novo tempo e temos que buscar meios de introduzir maior eficiência aos processos construtivos ao passo em que se deve elevar a qualidade das edificações. Alinhado como este momento, a 85º edição do Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic) reuniu profissionais e empresários de todo o Brasil em Fortaleza (CE) para discutir propostas concretas de desenvolvimento. A programação do evento, que ocorreu no início do mês, abarcou todos os principais temas em evidência, entre eles, obras de infraestrutura, agenda ambiental, segmento imobiliário e habitação popular, relações trabalhistas e perspectivas econômicas. Participando ativamente dos debates, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) foi destaque na condução dos trabalhos do Fórum Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços e do Fórum Banco de Dados da CBIC. Outra contribuição importante foram os lançamentos das cartilhas “Principais Normas Técnicas – Edificações” e “Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações”. Eventos do porte do Enic, que reuniu mais de 1.500 players do mercado, são importantes para dimensionar o quanto essa indústria cresceu nos últimos anos e o quanto contribui para o desenvolvimento do socioeconômico. Em Minas Gerais, mais de 8.200 empresas com atuação na área da Construção estão filiadas ao Sinduscon-MG. Um verdadeiro exército de empresários que se dispuseram a enfrentar desafios para gerar riqueza, edificar o nosso estado e criar oportunidades de trabalho e carreira para os mineiros. Números que justificaram celebrar bastante o Dia da Construção Civil no último dia 25 de outubro. Já no dia seguinte, 26 de outubro, foi a vez de comemorar o Dia Nacional do Trabalhador da Construção Civil, profissional que tem na essência a responsabilidade de construir efetivamente um novo Estado e um novo Brasil. Segundo levantamento do Banco de Dados da CBIC, estruturados a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabelho e Emprego, o contingente de pessoas na Construção Civil em Minas chegou a 339,2 mil em 2011, dado mais recente. Esse número é mais que o dobro do apurado em 2001, quando eram 148,4 mil. Além do crescimento do setor e do volume de empregos gerados, ao longo desse período houve grande evolução dentro e fora do canteiro de obra. Hoje, as empresas e entidades do setor, como o Sinduscon-MG e o Seconci-MG, o seu braço social, têm investido na capacitação e qualificação em todos os níveis, tornando cada vez mais comum histórias de operários que começaram como serventes e chegaram a cargos de gerência. Outro ponto em que o setor tem concentrado esforços é nas áreas de segurança e saúde. Desde a criação do Seconci-MG, em 1992, já são mais de 1,5 milhão de atendimentos. Um investimento que reflete na melhora do bem-estar de toda sociedade. Contudo, os desafios mudam e é preciso encontrar novos instrumentos para que o desenvolvimento seja perene. É preciso modernizar ainda mais, incorporando tecnologias e novas formas de gestão. Por isso, mais uma iniciativa que vai ocorrer neste mês mostra o quão dinâmico é o setor. Trata-se do Construbusiness – Fórum da Construção Civil, encontro voltado para discutir as tendências da economia brasileira e do setor nos próximos anos. O evento é uma realização do Sinduscon-MG Jovem, que reúne os novos gestores da Construção mineira, e reflete o movimento contínuo de renovação do espírito empreendedor no setor. *Jorge Luiz Oliveira de Almeida é vice-presidente de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). **Publicado em 27/10/2013 no jornal Estado de Minas – BH (Lugar Certo)