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Em evento de lançamento do Kit Qualidade Sinduscon-MG, Maílson da Nóbrega destaca potencial de crescimento da Construção em 2014

Ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega analisa economia durante o lançamento da 7ª Edição do Kit Qualidade Sinduscon-MG. Foto: Bruno CarvalhoA consistente expansão dos financiamentos e a ainda baixa relação entre crédito e Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil, aliadas à demanda alta pela primeira habitação, são fatores apontados pelo ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega que devem garantir o crescimento do setor em 2014. Durante o lançamento do Kit Qualidade Sinduscon-MG, na última sexta-feira, dia 13, o economista descartou a hipótese de bolha imobiliária no País.

Neste ano a expectativa é de que a taxa de crescimento da Construção nacional seja maior que a variação do PIB. O desempenho tem sido puxado por obras de infraestrutura e pelo mercado imobiliário. Para o economista Maílson da Nóbrega, o setor permanecerá como um dos destaques da economia pelos próximos anos. Isso porque há um déficit de moradias e os incentivos e programas governamentais têm impulsionado o setor. “No Brasil o crédito imobiliário corresponde a 8% do PIB. Nos Estados Unidos essa relação é mais de 80%”, ressaltou o ex-ministro.

Para Maílson, bases do sistema financeiro brasileiro são sólidas. Foto: Bruno CarvalhoMaílson vê a valorização dos imóveis como um movimento natural, decorrente de um ajuste do mercado. O sócio-diretor da Tendências Consultoria afirma que a regulação do sistema financeiro no Brasil é muito maior e mais estrutura do que a dos Estados Unidos em 2008. Como exemplo, dificilmente uma mesma pessoa consegue contrair dois contratos de financiamento, diferentemente do que acontecia no mercado norte-americano.                     Após a sua apresentação de sua palestra “O Cenário Econômico Atual e Perspectivas”, Maílson também respondeu perguntas da plateia. Entre os questionamentos, ele defendeu a manutenção do fator previdenciário. Segundo o economista, esse sistema é essencial para evitar um colapso nas contas do governo diante do aumento da expectativa de vida do brasileiro.

Entretanto, ele lembrou a distorção existente na remuneração dos beneficiários. “Mais da metade dos desembolsos da Previdência vai para um milhão de servidores públicos, enquanto menos da metade é destinada a 27 milhões de aposentados do setor privado”, pontuou Maílson.