A terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida será anunciada no próximo dia 29 de maio. A informação foi antecipada na noite dessa quarta-feira (21), pela presidente Dilma Rousseff, durante a abertura do 86º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), no Centro de Convenções de Goiânia. A cerimônia foi acompanhada por representantes do setor da Construção e políticos de todo o País.
Durante discurso, Dilma afirmou que o setor da Construção tem papel relevante no programa habitacional que garante moradia às classes mais baixas da população. “Desde 2009, quando lançamos o Minha Casa, Minha Vida, a parceria com a CBIC e os empresários do setor foi bastante virtuosa. Ao longo desse tempo, mudamos o padrão das construções. Hoje, os imóveis têm piso de cerâmica, cerâmica na metade da cozinha, placas solares e acessibilidade”, afirmou Dilma Rousseff.
A presidente aproveitou ainda para fazer um balanço das duas primeiras etapas do Minha Casa, Minha Vida. Segundo Dilma, até o final do ano, serão entregues 3,75 milhões de imóveis pelo programa – 1 milhão da primeira etapa e outros 2,75 milhões da segunda. Desse total, 1,6 milhão já foi entregue à população. Ela lembrou, por outro lado, que o programa só existe por causa dos subsídios.
“O Minha Casa, Minha Vida depende de vontade política para existir. Sem subsídios, ele não existe. A equação valor do imóvel e salário das famílias das classes mais baixas não bate. Por isso, o governo aporta recursos no programa para fechar essa equação. É o programa federal no qual gastamos os maiores valores com subsídios”, explicou a presidente.
CBIC apóia
Em seu discurso, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão elogiou o programa e lembrou seu histórico de implantação. “Quando levamos o projeto para o presidente Lula, em 2009, queríamos contribuir para reduzir o déficit habitacional brasileiro. O Minha Casa, Minha Vida leva moradia digna a milhões de brasileiros e é o melhor programa do governo federal.”
De acordo com estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2012, foram gerados sete milhões de novos domicílios no Brasi,. No período, o indicador de déficit habitacional no Brasil caiu de 5,59 milhões para 5,24 milhões. “É muito importante a continuidade do Minha Casa, Minha Vida. Queremos que ele não seja um programa de governo, e sim, de Estado”, emendou Paulo Simão.
Durante discurso no qual misturou emoção na despedida do cargo – passa o bastão em junho para José Carlos Martins – e reivindicações ao governo federal, Paulo Simão pediu esforço do poder público para reduzir a burocracia no setor, modernização da legislação trabalhista, parceria público privada, capacitação e mais investimentos.
“Nos inquieta bastante o fato de as obras da Copa do Mundo estarem em fase final. A segunda fase do Minha Casa Minha Vida termina em dezembro. É preciso novos investimentos em infraestrutura. O balanço dos empregos caminha para um final de ano preocupante”, alertou.
Seconcis – Durante a abertura foi mostrado um vídeo sobre os Seconcis, o qual mostra a importância e força desse serviço, mantido pelas construtoras, lembrando que em 2013, os Seconcis receberam mais de R$ 100 milhões em investimentos e realizaram mais de 550 mil consultas médicas. Uma clara demonstração do que os braços sociais dos Sinduscos estão fazendo pelos trabalhadores e familiares em todo o país nas áreas médica e odontológica, além das áreas social e de segurança.
Fonte: Enic