Sinduscon – MG

Notícias

Home / Um novo mercado imobiliário depois da Copa

Um novo mercado imobiliário depois da Copa

Apesar de não ter uma ligação direta com o mercado de imóveis residenciais, muitos brasileiros decidiram postergar a decisão de compra e investimentos para depois da Copa do Mundo. Uma das justificativas, sem nenhum amparo técnico, era de que os preços de casas e apartamentos estavam inflados por causa da competição internacional. Entretanto, a redução nos valores não está acontecendo, pelo contrário, a perspectiva é de valorização. O fato é que dificilmente os estrangeiros comprariam imóveis no País devido, exclusivamente, ao mundial. Por isso, agora, passado o evento da Fifa, o mercado imobiliário deve retomar a curva ascendente. Com a demanda já natural do segundo semestre e com a demanda reprimida de quem tinha condições de comprar imóveis no primeiro semestre e decidiu esperar, as perspectivas são de incrementos nas vendas e de retomada nos lançamentos de empreendimentos. Particularmente em Belo Horizonte, as expectativas são de elevação nos valores dos apartamentos novos, devido, principalmente, ao aumento nos custos de construção, que no final do segundo semestre são mais intensos devido à data-base dos trabalhadores das construtoras. Além disso, deve-se considerar também os efeitos de uma possível alteração na regulação urbana proposta pela Prefeitura. Assim, por consequência da dinâmica do mercado, os imóveis prontos também ganham perspectivas de valorização no curto e médio prazos. Ou seja, não há, hoje, espaço para queda de preços. Não à toa, especialistas e consultores financeiros têm recomendado o investimento em imóveis agora a quem possui condições de comprar o primeiro imóvel ou trocar para um de melhor padrão. Quando o imóvel é para uso próprio, o principal atributo do bem é a comodidade frente ao cotidiano da família, incluindo acesso, segurança e infraestrutura. Assim, postergar a compra não é uma boa estratégia, pois as opções em áreas de melhor localização já estão menores. Já quem está pensando em trocar de apartamento também está com o cenário a seu favor. Nos últimos anos, o mercado diversificou as configurações e padrões de acabamento dos empreendimentos. Foram incorporadas novas tecnologias e processos construtivos, inclusive do ponto de vista ambiental, possibilitando mais opções aos compradores. Devido ao mercado de revenda de imóveis de menor tamanho ser mais favorável, aquele que já tem imóvel e deseja se mudar para um maior pode conseguir até incluir o antigo na negociação. É normal que neste momento de incerteza quanto ao cenário global da economia, as pessoas tendem a ficarem receosas. Contudo, é preciso lembrar que não existe investimento mais seguro que o imóvel. Ele funciona como uma reserva de valor. Além da segurança que a casa própria incorpora à família, principalmente em tempos de crise, a estabilidade do sistema financeiro nacional e as perspectivas de valorização fazem do imóvel um importante patrimônio. Um apartamento ajuda, inclusive, a viabilizar operações de crédito que exijam garantias. Outro fator que deve dar mais segurança à decisão de compra é uma melhor clareza quanto às políticas para o setor de habitação em 2015. O anúncio do Programa Minha Casa Minha Vida 3, com a meta de entregar 3 milhões de residências, vai impulsionar ainda mais o setor, fortalecendo toda a cadeia produtiva da Construção. A consequência direta será a geração de mais emprego e incremento da renda das famílias que justamente se enquadram no público-alvo do próprio Minha Casa, Minha Vida. Um círculo virtuoso de desenvolvimento. * Jorge Luiz Oliveira de Almeida é vice-presidente de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Publicado em 20/07/2014 no jornal Estado de Minas – BH (Lugar Certo)