Fonte: CBIC
Pelo segundo ano consecutivo, o dinamismo do setor da construção superou a economia nacional. O crescimento da construção civil de 6,9% em 2022 comprova a relevância socioeconômica do setor. Âncora da economia brasileira, a construção foi o grande pilar que garantiu o desenvolvimento do Brasil nos últimos anos, impactando, também, os demais setores da economia e gerando um grande ciclo virtuoso de geração de emprego e renda.
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado nesta quinta-feira (02/03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro da expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que projetou alta de 7% para o setor. “O desempenho positivo da construção nos últimos dois anos foi impulsionado por um ciclo de negócios imobiliários iniciado com a pandemia em 2020. Como o processo de produção do setor é longo (de dois a três anos), os reflexos positivos ainda são sentidos”, destacou a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos.
Na avaliação do presidente da CBIC, José Carlos Martins, graças ao desempenho do setor da construção, mais uma vez o Brasil segue em frente. “Quando o setor está aquecido, todos os serviços ligados à construção e todo o comércio de materiais têm um impacto forte. A Construção Civil precisa ser vista pelo que ela representa, sua importância econômica e social para o Brasil”, frisou Martins.
Em 2022, o PIB Brasil cresceu 2,9%. Apesar do resultado positivo anual, a construção perdeu fôlego no último trimestre do ano e registrou queda de 0,7% em comparação com o trimestre anterior, mostrando que existem desafios a serem enfrentados, como a taxa de juros elevada, e evidenciando a necessidade de medidas urgentes do poder público para que esse ciclo de atividades continue positivo e estimulando a economia nacional. “Desde o segundo trimestre de 2020, início da pandemia da Covid-19 no Brasil, o setor não caia em relação ao trimestre anterior”, salientou Vasconcelos.
A indústria registrou alta de 1,6% e o resultado foi puxado por dois segmentos: eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos, que apresentou expansão de 10,1% e pela construção, com incremento de 6,9%. O setor de serviços se destacou e cresceu 4,2%.