Minas Gerais se destaca pela criação de mais de 20 mil empregos, com Belo Horizonte entre as capitais que mais contrataram no setor
Belo Horizonte, 10 de setembro de 2025 – A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), apresentou nesta terça-feira (9/9) os indicadores regionais do mercado da construção civil referentes ao primeiro semestre de 2025. Os números confirmam a resiliência do setor, que mesmo diante da inflação persistente, da taxa de juros no maior patamar em 20 anos e da instabilidade econômica, segue registrando avanços consistentes, com destaque para a região Sudeste.
Participaram do evento o presidente executivo da CBIC, Fernando Guedes, o presidente do Sinduscon-MG, Raphael Lafetá, o presidente da Câmara da Indústria da Construção da Fiemg, Geraldo Linhares, a economista-chefe da CBIC e do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos, e o sócio da Brain Inteligência Estratégica, Guilherme Werner. Também marcaram presença o prefeito de Lagoa Santa, Breno Salomão, e o chefe de gabinete da Agência RMBH, Gustavo Valadares.
De acordo com o novo CAGED, divulgado pelo Ministério do Trabalho, entre janeiro e julho de 2025, o Brasil gerou 1,348 milhão de novas vagas com carteira assinada, sendo 177.341 no setor da Construção Civil, o que corresponde a 13% do total nacional. No Sudeste, o setor alcançou 1,513 milhão de trabalhadores formais em julho de 2025, crescimento de quase 2% frente a julho de 2024.
São Paulo lidera em geração de empregos no setor nos primeiros sete meses de 2025, com 40.813 novas vagas, seguido por Minas Gerais, com 20.703, e por Santa Catarina. “A Construção Civil, em todo o país, possui 3,035 milhões de trabalhadores formais, sendo que 50% desse total estão na Região Sudeste”, destacou a economista-chefe da CBIC e do Sinduscon-MG, Ieda Vasconcelos.
A capital mineira se consolidou como um dos principais polos de crescimento. De janeiro a julho, Belo Horizonte criou 10.133 novos empregos no setor, um aumento superior a 100% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho coloca a capital atrás somente da cidade de São Paulo (19.535 vagas).
Ainda de acordo com o novo CAGED, o salário médio de admissão, que atingiu R$ 2.490,54 em julho de 2025, superou a média nacional de R$ 2.277,51 e colocou o setor no topo do ranking de remunerações de entrada entre todos os setores da economia.
“Minas foi o estado que teve uma atividade muito robusta do setor, talvez até em função das mineradoras que demandam fortemente serviços da construção, além da infraestrutura urbana, como em Belo Horizonte. Algumas obras de infraestrutura em andamento na cidade também puxaram esse crescimento”, avaliou o presidente do Sinduscon-MG, Raphael Lafetá.
Apesar do desempenho positivo na geração de empregos, o setor não está imune às pressões macroeconômicas. Para o presidente-executivo da CBIC, Fernando Guedes, “a taxa de juros é, de fato, um impeditivo para o desenvolvimento pleno das atividades da Construção Civil”. Além disso, a taxa Selic, atualmente em 15%, representa o maior patamar em quase 20 anos, encarecendo o acesso a crédito e impactando diretamente os investimentos.
A inflação (IPCA/IBGE), que em julho de 2025 acumulou alta de 5,23% em 12 meses, permanece acima do teto da meta (4,5%) desde janeiro, e as projeções da Pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central, indicam que o país não alcançará o centro da meta inflacionária até 2028. O ambiente fiscal e a desaceleração do investimento também são pontos de preocupação. Além disso, os custos da construção continuam crescendo acima da inflação oficial.
No Sudeste, o Programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) teve peso relevante, respondendo por 52,4% das unidades lançadas. No total dos lançamentos na região, somente a cidade de São Paulo apresentou crescimento, sendo que as demais capitais registraram queda.
Mesmo diante do cenário adverso, a CBIC projeta crescimento de 2,3% para o setor em 2025, superando o PIB nacional (2,16%) pelo segundo ano consecutivo. Exemplo disso é o mercado imobiliário nacional, que apresentou um cenário de vitalidade no primeiro semestre, com as vendas de unidades residenciais superando os lançamentos por mais de 15 meses consecutivos. Os dados são do levantamento “Mercado imobiliário: Brasil, Sudeste e Belo Horizonte”, realizado pela Brain Inteligência Estratégica, também apresentado na ocasião.
No Brasil, foram 206.903 unidades vendidas no primeiro semestre (+9,6% sobre 2024), frente a 186.547 lançadas (+6,8% sobre igual período). No Sudeste, foram comercializadas 135.605 unidades (+15,4% sobre 2024) e lançadas 111.704 unidades (+4,7% sobre igual período). Belo Horizonte, apesar de uma redução de 40,9% nos lançamentos, que totalizaram 2.331 unidades no primeiro semestre de 2025 em comparação com o ano anterior, conseguiu escoar efetivamente a sua oferta. As vendas registraram 2.342 unidades, com uma queda de 31,7%.
“O Sudeste representa cerca de 55% dos dados nacionais do mercado imobiliário. Foi a região que mais lançou e, proporcionalmente, a que menos recuou seu estoque no primeiro semestre de 2025”, afirmou o sócio da Brain Inteligência Estratégica, Guilherme Werner.
📸 Confira as fotos: https://www.flickr.com/photos/sinduscon-mg/albums/72177720328939351
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