Sandra Mara/Interface Comunicação

Alunos do SESI prestigiaram o “2º Seminário de Obras Industriais e Corporativas”, realizado na manhã desta sexta-feira, dia 23 de agosto, durante a terceira edição do Construa Minas, evento idealizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Sindicato da Indústria Construção Civil do Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). As exposições do Seminário foram divididas em três temas distintos, sendo eles gestão compartilhada, inovação e planos de investimentos em Minas Gerais. Houve ainda um debate com a interação do público.

Em sua fala de abertura, Celso Pimentel, vice-presidente de Obras Industriais e Corporativas do Sinduscon-MG, agradeceu a todas as pessoas presentes e de maneira especial aos parceiros do evento e enalteceu a presença dos estudantes do SESI. “Quero agradecer a presença de todos os estudantes. Certamente são as pessoas que vão conhecer um pouco do nosso setor. Espero que tenham apreço e sejam aí os futuros sucessores nossos dentro do segmento da construção industrial”, disse.  

Wisley João Pereira, superintendente de Educação do SESI, também participou do momento de abertura. Na oportunidade, ele destacou a parceria entre o Departamento Nacional do SESI e da CBIC, que existe há mais de uma década, articulação iniciada em 2023. Mostrou como é a distribuição das unidades da educação do SESI no Brasil.

Recriar

Flávia Dias de Castro, assistente social do SESI-MG, proferiu palestra sobre o Projeto Recriar. Segundo ela, é um projeto da área educacional, com o objetivo de aproximar a indústria da educação de qualidade e, assim, termos uma mão de obra qualificada e oportunizar que mais pessoas tenham acesso a uma educação de qualidade.  “O Projeto Recriar surge como um farol, iluminando e transformando a percepção da atividade industrial perante a comunidade, com a finalidade de formar cidadãos qualificados para atuar com destaque de maneira autônoma, crítica, consciente e participativa no setor industrial.

Os cursos de educação profissional e tecnológica do SENAI são organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, e no âmbito do Projeto Recriar serão oferecidos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio (Cursos Técnicos) e cursos Educação Profissional Tecnológica de Graduação (Cursos Superiores), conforme portfólio e oferta de cada unidade.

Gestão Compartilhada

Em seguida, Márcio Pernias Lopes, diretor de Engenharia do Grupo Petrópolis, proferiu palestra sobre “Gestão Compartilhada: Caminho do Sucesso”. O Grupo foi fundado na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, e é a maior empresa com capital 100% nacional do setor. Produz cervejas, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, que primam pela qualidade e identificadas com o gosto do consumidor brasileiro. “Atualmente, o Grupo Petrópolis está presente em quase todo o território nacional, por meio de oito fábricas e centros de distribuição”, esclarece.

O diretor de Engenharia do Grupo falou também sobre os desafios da construção de uma nova unidade, que inclui itens como local, prazo, projetos, licenciamento, contratar construtora, equipe GP, qualidade e custo.  Destacou também a sua parceria com a M.Roscoe, que juntos realizaram uma gestão compartilhada para a unidade da empresa em Uberaba. “A construtora foi contratada em fevereiro de 2019 e a edificação foi pronta para condições de uso em junho de 2020, mesmo num período de pandemia.”

Continuando a palestra de mesmo tema, Eduardo Abreu, superintendente de Engenharia da M.Roscoe, afirmou que gestão compartilhada é um acordo que funciona dentro de um prazo pré-determinado, curto, que garante a segurança e a moral de todos os envolvidos em processo, principalmente para a mão de obra direta, com a qualidade contratada e desejada, e com os custos dentro do programa. “Essa forma de gestão possui cinco princípios, segurança, qualidade, prazo, custo, e a moral dos colaboradores. E o mais importante. Não existem perdedores. É um processo literalmente ganha e ganha”, completa.

Para esse modelo de trabalho foi criada uma matriz de responsabilidades. “São empresas distintas, com foco distinto. Uma é vendedora de produto, e a outra é prestadora do serviço. Então, são conceitos diferentes, são vivências diferentes. Gestão compartilhada é um caminho do Sucesso, mas exige maturidade, transparência, confiança, honestidade, comprometimento e conhecimento profundo”, complementa.

Invest Minas

Palestrante do evento, João Paulo Braga, CEO da Invest Minas, destacou que a Agência de Promoção de Investimentos do Governo do Estado de Minas Gerais foi criada em 1968. “A Invest Minas foi a primeira agência de promoção de investimento do Brasil. São mais de 50 anos promovendo a atração de investimentos, a expansão das empresas presentes no estado e contribuindo com a geração de empregos para o povo mineiro”, informou.

Ele enfatiza ainda que o Invest Minas tem como objetivo promover investimentos, negócios e empregos em Minas Gerais. “Funcionamos como um primeiro como um braço da interface entre governo e iniciativa privada. De 1019 até hoje realizamos 797 projetos, que chegaram a mais de 200 munícipios”, explica.

João Paulo Braga disse que o governo realiza esforços para colaborar com a expansão da infraestrutura e as oportunidades para a Construção Civil, entre linhas de transmissão e distribuição, energia solar fotovoltaica, gasoduto, além de concessões. Grandes indústrias em implantação ou a implantar em Minas Gerais, como a Heineker, Midea, Boticário, EuroChem.

Falou também sobre a plataforma Invest Minas Tur, que facilita a vida das empresas que querem fazer negócios em MG. Uma plataforma digital criada para facilitar a identificação de espaços com potencial para abrigar equipamentos turísticos no Estado. Um marketplace que busca conectar quem tem ativos e projetos ligados ao setor de turismo com potenciais parceiros e investidores, que vão poder levar adiante esse negócio.

ESG

Em sua palestra, Carlos Braga, professor Associado da Fundação Dom Cabral (FDC), apresentou o tema “ESG: Vetor de Perenidade”. ESG, segundo o palestrante, é um conjunto de padrões e boas práticas que visa definir se uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada. Trata-se de uma forma de medir o desempenho de sustentabilidade de uma organização. A sigla, em inglês, reúne os três pilares desse movimento: Environmental (meio ambiente); Social (social) e Governance (governança). “Eles são utilizados como critérios para entender se uma empresa possui sustentabilidade empresarial, ampliando a perspectiva de análise do negócio para além das métricas financeiras”, explica.

Para completar, Thiago Melo, diretor de Desenvolvimento e Sustentabilidade da Reta Engenharia, apresentou um caso sobre a Reta Engenharia. Ele explicou que a empresa foi criada em 1995 e oferece soluções inteligentes e customizadas, atuando em todo o ciclo de implantação do projeto, desde os estudos técnicos e financeiros para diagnóstico de maturidade e viabilidade até o planejamento e a gestão executiva das obras.

“Com cerca de 250 colaboradores, possuímos em nosso quadro técnico engenheiros membros do Project Management Institute (PMI) e com certificação Project Management Professional (PMP). E contamos, ainda, com a experiência de mais de 40 anos de nossos diretores e fundadores na execução de diversos tipos de obras”, disse. Ressaltou ainda que a empresa trabalha ESG com inovação aplicada a projetos, Gestão de riscos, ética e controle fiscal, desenvolve projetos de impacto a comunidade, saúde e segurança e direitos do trabalhador.

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O Construa Minas 2024 é uma realização do Sinduscon-MG e da CBIC, com apoio master do Sebrae. Tem patrocínio da Topmix (Diamante), Confea, Copasa/Governo de Minas e Sicoob Imob.Vc (Prata), Agera e Sienge (Bronze). E apoio institucional da ARMBH, CMI Secovi-MG e Sinaenco-MG.