Medidas, que devem serr divulgadas até o final deste mês, produzirá efeitos positivos a partir do segundo trimestre. Brasília – O governo espera que o pacote de medidas de estímulo ao mercado habitacional, que deve ser divulgado até o final deste mês, comece a produzir efeitos positivos sobre a atividade econômica já a partir do segundo trimestre do ano, mas avalia que, a curto prazo, as medidas não devem, impedir cortes de vagas no mercado de trabalho. “O impacto mais forte na economia será sentido no segundo semestre”, disse o secretário de Política Econômica do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, que está diretamente envolvido na discussão das medidas. “No curto prazo, as medidas não devem impedir os cortes de vagas no mercado de trabalho, mas elas poderão promover uma recuperação mais rápida do emprego no médio prazo”, acrescentou. Evitando entrar em detalhes, Barbosa confirmou a informação de que o programa habitacional terá quatro eixos: estímulo à habitação popular (voltado para classe média baixa); habitação de interesse social (para população mais pobre, com renda mensal de até R$ 1.050); classe média alta com eventuais alterações nas regras de utilização do Fundo de Garantia do Tempo Serviço (FGTS); e estímulo à compra de materiais de construção. O secretário também confirmou que o principal foco de ação no âmbito do plano habitacional será a desburocratização dos procedimentos para aquisição de imóveis, embora o governo esteja discutindo também medidas de incentivo ao crédito e, em menor escala, desonerações. Estímulo – Barbosa disse que na próxima semana, quando o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já estará de volta das férias, a equipe econômica vai finalizar os trabalhos técnicos em torno do plano habitacional. E na semana seguinte o resultado será levado e discutido com o presidente, que decidirá o desenho final do programa de estímulo ao setor. Segundo o secretário, já estava no horizonte do governo estimular o setor habitacional,- segmento que melhora o nível de atividade econômica e é grande gerador de emprego, sem pressionar as contas externas -, mas o calendário foi antecipado em função do agravamento da crise internacional e de seu impacto na economia brasileira. (AE)