Os indicadores da Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais continuaram registrando queda da atividade e do número de empregados em abril, com índices abaixo de 50 pontos – valor que separa recuo de aumento. Os resultados, inferiores aos apurados há um ano, continuam refletindo as dificuldades para recuperação que o setor vem enfrentando.
Em maio, os empresários esperavam uma evolução favorável da atividade, dos novos empreendimentos e serviços e, consequentemente, pretendiam aumentar a compra de insumos e matérias-primas nos próximos seis meses, apesar de estimarem recuo do número de empregados no curto prazo. Vale ressaltar que o índice de intenção de investimento voltou a registrar queda em maio, ficando abaixo de sua média histórica (30,3 pontos).
Desempenho da indústria da construção mineira – Em abril o índice de atividade da Construção ficou estável em relação ao apurado em março, registrando 43,0 pontos. O resultado revelou queda da atividade, ao permanecer abaixo da linha de 50 pontos (que separa recuo de expansão), comportamento observado desde novembro de 2012. Adicionalmente, o índice foi inferior ao de abril de 2017 (47,7 pontos) e ficou abaixo de sua média histórica (44,5 pontos).
O indicador de nível de atividade em relação ao usual registrou 27,1 pontos – valores abaixo de 50 pontos mostram atividade inferior à habitual para o mês. O índice recuou 2,8 pontos em relação a março e caiu 4,1 pontos frente a abril de 2017.
O indicador de número de empregados apontou retração do emprego, ao marcar 43,3 pontos. O índice ficou 5,4 pontos abaixo do registrado em abril de 2017 (48,7 pontos).
Expectativas da indústria da construção mineira – Os índices de expectativa demonstram a percepção dos empresários com relação à evolução do nível de atividade, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do emprego para os próximos seis meses. Valores acima de 50 pontos indicam expectativas de crescimento.
O dado referente a maio apontava expectativa de elevação do nível de atividade (51,5 pontos) pelo quinto mês consecutivo. O indicador cresceu 4,1 pontos frente a maio de 2017 e foi o maior para o mês em seis anos.
O indicador relativo à compra de insumos e matérias-primas marcou 50,9 pontos em maio. O índice, 0,9 ponto superior ao de abril e 4,4 pontos maior que o de maio de 2017, foi o mais elevado para o mês em seis anos.
O indicador de expectativa de novos empreendimentos e serviços (50,9 pontos) cresceu 0,7 ponto na comparação com abril. O índice aumentou 1,4 ponto frente a maio de 2017 e foi o melhor para o mês em cinco anos.
Os empresários da Construção continuaram estimando recuo do número de empregados nos próximos seis meses, conforme indicador de 49,1 pontos. O resultado, entretanto, foi 0,6 ponto superior ao de maio de 2017 e o maior para o mês em quatro anos.
Intenção de investimento – O índice de intenção de investimento recuou 2,5 pontos entre abril (30,7 pontos) e maio (28,2 pontos), sinalizando menor disposição de investir dos empresários da Construção. Com o resultado, o indicador voltou a ficar abaixo da sua média histórica (30,3 pontos). A série teve início em novembro de 2013, e atingiu seu patamar mais elevado em maio de 2014 (47,3 pontos). O índice varia de 0 a 100 pontos, e, quanto maior o valor, maior é a intenção de investir.
Sobre a Sondagem – A Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais é elaborada pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).