Sinduscon – MG

Notícias

Home / Belo Horizonte é a segunda cidade do País com maior geração de novas vagas na Construção Civil

Belo Horizonte é a segunda cidade do País com maior geração de novas vagas na Construção Civil

Em 2021 a Construção Civil gerou, em todo o Brasil, 244.755 novas vagas formais, o que
correspondeu a 9% do total de novos postos de trabalho criados pelo conjunto de atividades
(2,731 milhões). Assim, o seu número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 11,62%,
passando de 2,107 milhões em dezembro/20 para 2,351 milhões em dezembro/21. Portanto, o
setor, mesmo vivenciando um cenário de sérios desafios como o incremento nos seus custos, em
função da forte elevação nos preços dos insumos, ainda conseguiu se destacar e contribuir para
o melhor dinamismo do mercado de trabalho nacional.

Belo Horizonte foi o segundo município do País com maior saldo de novas vagas geradas
na Construção no ano passado: 9.031. Isso significa que 15,86% do total de novos empregos
criados na capital (56.930) foram no setor. Com isso, o seu número de trabalhadores com
carteira assinada cresceu 9,76%, ao passar de 92.519 em dezembro/20 para 101.550 em
dezembro/21.

Desagregando por segmento de atividade observa-se que a Construção de Edifícios foi
responsável por 79,04% das novas vagas geradas pelo setor em 2021 em Belo Horizonte. Os
Serviços Especializados para a Construção, que envolvem atividades como demolição e
preparação do terreno, obras de acabamento, instalações elétricas, hidráulicas e outras
instalações em construções, responderam por 11,37% do total das novas vagas na Construção.
Já o segmento de Infraestrutura, com a criação de 866 novos empregos, foi responsável por
9,59%. O segmento “Construção de Edifícios” foi o único que apresentou crescimento no número
de novos postos de trabalho, na capital, em 2021 em relação ao ano anterior. Enquanto em
2020 foram gerados 4.182 novos postos, em 2021 foram 7.138 (alta de 70,68%). Nos Serviços
Especializados para a Construção o saldo, que em 2020 foi de 2.758 novos postos de
trabalho, passou para 1.027 em 2021 (-62,76%). Na Infraestrutura o resultado também foi
positivo em 2021, mas o número de vagas criadas ficou menor do que o ano anterior.
Enquanto em 2020 o segmento gerou 3.288 novas vagas, em 2021 foram 866 (-73,66%).

Para o presidente do Sinduscon-MG, Renato Michel, o melhor desempenho do mercado
imobiliário nos últimos dois anos ajuda a explicar o destaque dos novos empregos na
construção de edifícios. “É preciso ressaltar a influência positiva da taxa de juros em baixo
patamar, que vigorou até meados de agosto/21. Além disso, com a pandemia, as famílias
ressignificaram o valor da casa própria, o que também contribuiu para o incremento das vendas
e novos lançamentos na cidade. E o reflexo imediato foi o aquecimento do mercado de trabalho.
Os números demonstram a importância da Construção Civil para Belo Horizonte. E essa
relevância não acontece somente sob o ponto de vista econômico, mas sim pelo aspecto
social, especialmente como grande geradora de emprego”, destaca.

Do total de 9.031 novas vagas geradas pela Construção em 2021, em Belo Horizonte,
observa-se que 32,34% (2.921 vagas) eram de trabalhadores com ensino fundamental
incompleto, 30,72% (2.774 vagas) possuíam o ensino médio completo, 14,26% eram de
trabalhadores com ensino médio incompleto e 12,25% possuíam ensino fundamental completo.
Estes números contribuem para demonstrar a relevância da Construção no mercado de trabalho,
com geração de vagas em diversos níveis de escolaridade.

Os dados do Novo Caged também permitem verificar que, em 2021, a Construção Civil na
capital mineira gerou 1.863 novas vagas para mulheres, o que correspondeu a uma alta de 27%
em relação ao ano anterior (1.467).

Desagregando por faixa etária, é possível verificar que 61,65% das novas vagas do setor
eram de trabalhadores com até 29 anos.

Os dados do Novo Caged confirmam que a Construção Civil, em 2021, registrou
desempenho positivo. As estimativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
indicam que nesse ano o setor cresceu 7,6%. É importante ressaltar que esse resultado é fruto do
ciclo de negócios que foi iniciado em 2020. Com a chegada da pandemia, as famílias
ressignificaram o valor da casa própria. Aliado a esse fator, as taxas de juros em baixo patamar e
a expansão do crédito imobiliário deram inicio ao um novo ciclo de negócios no setor. Assim,
mesmo diante de todos os desafios impostos pelo forte incremento nos custos, a Construção se
destacou em seu nível de atividade em 2021, com reflexo positivo no mercado de trabalho.
Mas o que vem pela frente? Para Renato Michel, o ano traz desafios: “Além das
preocupações com o cenário econômico, que envolvem questões como as taxas de juros
elevadas, a inflação persistente, pressão nos custos da construção, incertezas próprias de
período eleitoral, ainda temos que enfrentar questões que poderiam ser facilmente evitadas,
como a morosidade na aprovação dos projetos junto à Prefeitura de Belo Horizonte. Isso
certamente gera preocupação no setor”, analisa.