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Brasil tem empresários otimistas

Apesar de muitos analistas econômicos estarem desconfiados do bom desempenho da economia nacional para os próximos meses, o empresariado brasileiro e, especialmente o mineiro, continua otimista. Alguns números confirmam esse desencontro de percepção entre os que trabalham na teoria e os que atuam na prática. Vamos a eles. A PricewaterhouseCoopers (PwC) apresentou sua 16ª pesquisa anual feita com 1.330 executivos-chefes de 68 países no último trimestre de 2012 no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, em janeiro deste ano. O levantamento mostrou que 44% dos entrevistados brasileiros estão muito confiantes na expansão das receitas de suas organizações. Neste quesito, os brasileiros otimistas só perderam para os executivos russos (66%), indianos (63%) e mexicanos (62%). Outro item que coloca o Brasil em boa posição é que ficamos em terceiro lugar no quesito “país que lhes parece o mais importante para o crescimento futuro de suas companhias”. Perdemos apenas para o China e os Estados Unidos, o que é facilmente explicado. A última sondagem da Confederação Nacional da Indústria (CNI) também confirma que o industrial brasileiro ainda está confiante na economia. Apesar do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) de janeiro estar abaixo da média histórica de 59,3 pontos, ele ainda continua positivo, acima dos 50 pontos, ao resultar em 56,7. A sondagem foi realizada com 2.164 empresas de todos os portes, nos dias 7 a 17 de janeiro. Especificamente o Icei do empresário da Construção Civil nacional está o mais alto de todos os segmentos (58,2 pontos), ultrapassando a indústria extrativa (56 pontos) e a indústria da transformação (55,7 pontos). Como se vê, todos acima dos 50 pontos, que indicam otimismo. Em Minas Gerais, 33 empresas da Construção Civil foram consultadas também entre os dias 7 e 17 de janeiro, pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), e o resultado do Índice de Confiança do Empresário do setor foi de 58,6 pontos, o maior desde setembro do ano passado (58,8 pontos) e quatro pontos a mais do que em dezembro. As expectativas dos entrevistados para os próximos seis meses chegou a 63,8 pontos, o melhor número desde maio de 2012 (64,8 pontos). Este otimismo foi maior tanto para a própria empresa (66,9 pontos), quanto para a economia do estado (58,5 pontos) e do País (58,2 pontos). Os empresários da Construção mineira também esperam aumento no nível de atividade (55,8 pontos) e na compra de matéria-prima (55,2 pontos) nos próximos seis meses. As expectativas em relação ao surgimento de novos empreendimentos e às contratações também foram otimistas, ao atingirem 54,2 e 53,7 pontos, respectivamente. O que se verifica desses números é que ou o empresariado brasileiro trabalha sonhando alto, ou boa parcela dos estudiosos econômicos é catastrófica. Será que se ambos conseguissem achar o caminho do meio o País apresentaria melhores resultados? Enquanto esta dúvida paira, fortalece a certeza que temos de que alardear o pessimismo gera mais pessimismo. E o otimismo atrai bons investimentos. Nós, da Construção Civil, preferimos a segunda opção. * Jorge Luiz Oliveira de Almeida é vice-presidente de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).