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Burocracia trava construção no país

Novo presidente do SINDUSCON-MG propõe maior agilidade para processos. JULIANA GONTIJO. A burocracia na aprovação de projetos é um dos principais entraves enfrentados pelo segmento da construção no país, conforme avaliou o novo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (SINDUSCON-MG), Luiz Fernando Pires, que também é presidente e controlador da Mascarenhas Barbosa Roscoe S/A (MBR). “Se gasta mais tempo com a papelada do que com a construção em si. Os processos precisam ser mais ágeis, necessitam ser simplificados”, ressaltou. O dirigente, empossado nesta semana, afirmou que existe demanda no setor, já que o déficit habitacional no país está na casa de 8 milhões de unidades, mas nem sempre é fácil tirar os projetos do papel. “O problema da agilidade não é de hoje”, salientou. Pires ressaltou que a atividade é importante para o país não só no que se refere aos aspectos econômicos, mas também sociais. “O setor gera emprego e renda para uma parcela considerável da população. O segmento é indutor do desenvolvimento”, disse. O novo presidente do SINDUSCON-MG, que é engenheiro civil pela Universidade Federal Fluminense, afirmou que os programas do governo federal de incentivo ao segmento ajudaram a reduzir os impactos, pois irrigou o mercado de crédito. “Com isso, a demanda não caiu muito”, observou. Para ele, apesar da crise, que eclodiu em setembro de 2008, este exercício deve apresentar resultados positivos para o setor. “Apesar da redução no ritmo durante os primeiros seis meses do ano frente ao mesmo intervalo do exercício passado, as empresas já começaram a sentir a retomada nos negócios no começo do segundo semestre. Ao que tudo indica o pior da crise já passou”, analisou. Planejamento – O dirigente afirmou que o planjamento da nova administração do SINDUSCON-MG deve ser definido neste mês, durante a reunião da diretoria, no próximo dia 14. “O fato é que os desafios são muitos. Eles fazem parte da vida”, ponderou. Pires, que entre várias experiências foi gerente técnico da Superintendência de Obras da Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa), em Cubatão, no interior de São Paulo, entre os anos de 1973 e 1977, ressaltou a necessidade da união do setor. “É muito importante a participação dos empresários no sindicato. Afinal, é através da entidade que as demandas podem chegar ao poder público”, argumentou. Ele ressaltou que o sindicato é porta-voz da classe. O novo presidente do SINDUSCON-MG também foi diretor da International Engenharia S/A (Iesa), entre 1977 e 1994. Na MBR, ele iniciou as atividades em agosto de 1994 como diretor executivo. Anos mais tarde (1999), assumiu o controle e a presidência da empresa.