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Canteiro de obra vira sala de aula do EJA/Ebep

Supervisora da Área Social do Seconci-MG, Sylvia Macêdo, recepciona os alunosO mês de junho começa com uma nova perspectiva de futuro para trabalhadores da Construção. Atendendo uma demanda cada vez mais crescente por qualificação e capacitação, entidades da indústria e construtoras se uniram para viabilizar a primeira turma que promove a junção da Educação Básica com Educação Profissional EJA/Ebep no setor da Construção Civil em Minas Gerais. A iniciativa abriu 25 vagas para que operários possam completar os estudos do ensino fundamental e ainda se capacitarem na função de pedreiro de alvenaria.

O projeto EJA/Ebep é fruto de parceira entre o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), por meio do Serviço Social da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Seconci-MG), seu braço social, Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Inicialmente, participam da empreitada as associadas EPO Engenharia, a Direcional Engenharia e a Construtora Caparaó.

A abertura da primeira turma aconteceu segunda-feira (03), em um canteiro de obras da EPO Engenharia, no bairro Prado, em Belo Horizonte, e contou com uma apresentação de um quarteto de cordas formada por integrantes da Orquestra Jovem do Sesiminas. Na ocasião, a supervisora da Área Social do Seconci-MG, Sylvia Macêdo Costa, deu as boas-vindas e parabenizou os alunos pela iniciativa de retornar aos estudos.

Edson Antônio de Sá, de 50 anos, aguardava uma oportunidade para voltar a estudarUm dos exemplos vem do servente da Direcional Edson Antônio de Sá, de 50 anos. Assim que soube do projeto, procurou o setor de recursos humanos de sua empresa para se inscrever. “Já há muito tempo eu queria participar do EJA e agora que tive a oportunidade. Não perdi tempo. Vou conseguir me desenvolver intelectualmente e profissionalmente”, disse.                                                                                                   Ismail Felipe Costa, de 54 anos, é outro que pretende não medir esforços para completar o curso. Funcionário da Construtora Caparaó, ele afirma que, mesmo depois de um dia inteiro de trabalho, a motivação vai lhe dar ânimo para os estudos. “Gasto mais de uma hora para chegar em casa. Minha esposa achou pesada a rotina de trabalhar e estudar depois, devido à distância. Mas vou me esforçar. Não podemos olhar só as dificuldades”, afirmou Ismail Felipe. 

A iniciativa é mais uma ação do setor de Construção voltada para o bem-estar e desenvolvimento de seus operários. “Temos observado que está aumentando o interesse das empresas em buscar parcerias com Sesi, principalmente, as que possibilitem ao funcionário voltar à estudar”, registrou a gerente da unidade Conjunto Assistencial Mariza Araújo (Comar), do Sesi, Márcia Lugão.

Além do aumento no nível da escolaridade, que reflete na melhora da qualidade de vida do operário, o EJA/Ebep também possibilita a ascensão profissional. Segundo a analista de Recursos Humanos da Direcional Engenharia, Joeci Henriques, a formação é um dos requisitos necessários para que o funcionário consiga uma nova colocação dentro da empresa, como, no caso, a de oficial de alvenaria. 

Por Bruno Carvalho – Assessoria de Comunicação do Sinduscon-MG