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Cenário menos nebuloso para a Construção Civil

Depois do fraco desempenho da economia nacional observado no ano passado, as expectativas indicam que o crescimento em 2013 será mais expressivo, apesar do cenário internacional ainda mostrar muitas incertezas. Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o crescimento do País será de 3,2% neste ano. Já as projeções do Banco Central sinalizam incremento de 3,1%. É bom lembrar que para a expansão da economia se fortalecer é necessário o aumento dos investimentos. São eles que possibilitam a construção das bases sólidas para o desenvolvimento. A boa notícia é que depois de apresentar queda de 4% em 2012, vários analistas projetam que, neste ano, eles serão uma das alavancas para o melhor desempenho da economia. De acordo com estimativas realizadas pela CNI, em 2013 os investimentos apresentarão alta de 4,0%. Mas é preciso considerar que os primeiros meses do ano já revelaram que o cenário internacional ainda traz muitas incertezas. E apesar de alguns indicadores já sinalizarem que o crescimento econômico do País será melhor em 2013, a onda de pessimismo em relação à inflação ainda permanece em vários agentes econômicos. Isso porque é de conhecimento geral que a inflação consegue desorganizar a economia, provocando dúvidas nos agentes econômicos e desequilibrando o ambiente econômico. Os investimentos precisam de um horizonte, ou seja, a estabilidade macroeconômica é essencial para impulsioná-los. Precisam também da confiança dos empreendedores. A Construção Civil, que contribui com mais de 40% da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) do País, leia-se investimentos, é movida por essa confiança, assim como todo setor produtivo. Uma das maneiras de se medir essa confiança é através de sondagens empresariais. No nosso estado, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), com apoio do Sinduscon-MG, no mês de março aferiu 53,7 pontos, evidenciando otimismo por parte dos empresários do setor (valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes). Mas o indicador mostrou novamente redução na confiança em relação ao índice do mês anterior (54,8 pontos) e, em especial, ao de março de 2012 (62,5 pontos), representando recuos de 1,1 e 8,8 pontos, respectivamente. Isso revela que o empresário permanece confiando na melhora das atividades, mas já sinaliza preocupação. Apesar disso, as expectativas medidas em março pela Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, também divulgada pela Fiemg com apoio do Sinduscon-MG, para o comportamento das empresas do setor nos próximos seis meses foram otimistas em relação a todos os itens pesquisados. As perspectivas para o nível de atividades (54,7 pontos) e os novos empreendimentos (56,0 pontos) ficaram acima da linha dos 50,0 pontos, influenciando o aumento nas compras de matéria-prima e nas contratações, que aferiram 53,7 e 57,3 pontos, respectivamente. Estes resultados podem sinalizar que, mesmo em alerta, os empresários deverão apostar suas fichas em novos empreendimentos. Fatores positivos da nossa economia como a perspectiva de manutenção das baixas taxas de desemprego, a continuidade de crescimento da renda e a expansão do crédito imobiliário, dentre outros, conferem segurança às decisões empresariais. Portanto, espera-se para 2013 a retomada das vendas e dos lançamentos imobiliários. Sempre é bom lembrar que a expansão do mercado de imóveis nos últimos anos muito ajudou a expansão da economia. Portanto, o segmento tem muito a contribuir com o País, que precisa fortalecer o seu desenvolvimento. * Jorge Luiz Oliveira de Almeida é vice-presidente de Comunicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG).