Até 2030, mais de 90% da população brasileira viverá nas cidades, aponta previsão da ONU
realizada pela Rayne Ferreti. O último levantamento que mostra o atual nível de urbanismo do
Brasil é de 84,4%.
As grandes cidades continuarão crescendo, entretanto, a maioria dessas pessoas viverão em
municípios de até 500 mil habitantes, ou menos. Neste sentido, é preciso que municípios
médios e pequenos se preparem para um aumento da sua densidade populacional.
Isso significa mais políticas públicas e investimentos em infraestrutura para prevenir
problemas econômicos, ambientais, expansão desorganizada, segregação socioeconômica e
questões relacionadas à saúde, segurança e efeitos da mudança climática.
Neste cenário de preparação para o futuro, o Construa Minas trouxe a palestra “Construindo
Cidades Inteligentes” com a presença da geógrafa, doutora em Planejamento Territorial
Smart e primeira Master Coach de Cidades Inteligentes da América Latina, Grazi Carvalho.
Para Grazi, o entendimento de cidades inteligentes “não deve ser resumido a praças com wi-fi
e câmeras nas ruas”. A Constituição Federal traz 4 pilares para a concepção deste modelo, são
eles: Cidade Humana (art. 6), Cidade Eficiente (art. 37), Cidade Sustentável (art. 182, 225, art.
02 – EC) e Cidade Inteligente (art. 205).
Para orientar gestores públicos a preparar as suas cidades para o futuro, Grazi criou a
metodologia Chesi (Cidade Humana, Eficiente, Sustentável e Inteligente) baseada nos
princípios constitucionais.
Através da análise de dados do município, é possível fazer uma avaliação de onde a cidade está
e para onde ela quer ir. Grazi identifica que “as maiores dificuldades dos gestores que estão
fazendo políticas públicas no Brasil é a falta de apoio técnico”. Com o seu método, a palestrante já
realizou trabalhos no sentido a orientar a aplicação de conceitos de cidades inteligentes em
Cabo Frio (RJ), Andradas (MG), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG) e outros municípios.
A especialista explicou que o Plano Diretor é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e expansão urbana e deve ser a base para a concepção de uma cidade
inteligente. Para aplicar a execução do projeto, como aponta Grazi Carvalho, é preciso ter
alinhamento entre o Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei
Orçamentária Anual (LOA), e necessário a participação dos 5 agendes de inovação: instituições
de ensino, administração pública, empresas, sociedade civil organizada e cidadãos.
Foi lançada nesta quinta-feira, dia 20, a cartilha ESG no Segmento de Obras Industriais e Corporativas, na Fundação Dom Cabral (FDC), no Alphaville. O lançamento da cartilha foi feito durante a primeira edição do Construa Minas, realizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com apoio do Sebrae.
A cartilha traz de forma didática e fácil linguajar dados de governança ambiental, social e corporativa, do inglês, environmental, social, and corporate governance. “As empresas que não entenderem que isso é uma necessidade de mudança de gestão, podem ter o trabalho comprometido”, afirma Celso Pimtentel, vice-presidente de obras industriais do Sinduscon-MG.
Aristóteles Passos Costa Neto, vice-presidente da regional Sudeste da CBIC, ressaltou a importância de executivos e colaboradores implementarem essas práticas. “Essa atitude engradece a nossa entidade e segmento. Esperamos que implique em grandes resultados”, diz Aristóteles.
O professor da FDC, Pedro Lins, ressaltou durante sua palestra que o ESG envolve desde a parte econômica até a estratégia com pessoas. “A cartilha mostra com linguagem simples os estágios ESG da empresa e onde pode evoluir”, afirma.
O diretor de sustentabilidade da Reta Engenharia, Thiago Gomes, afirmou durante palestra que não fazer ESG na empresa acarreta em risco gigantesco. “As empresas que performam melhor em ESG tem melhor resultado econômico e até retem mais talentos”, diz. A cartilha está disponível para download no site da CIB (www.cbic.org.br).
O Construa Minas é uma realização do Sinduscon-MG e da CBIC, com apoio do Sebrae. Tem patrocínio (Diamante) da PAD, Fassa Bortolo (Patrocínio Ouro), Sicoob Imob.vc (Patrocínio Prata), Ferreira, Pinto, Cordeiro, Santos & Maia Advogados e Sienge CV (Patrocínio Bronze). E apoio institucional do Crea-MG, Fundação Dom Cabral, CMI/Secovi MG, Secovi SP, Prefeitura de Belo Horizonte e Governo de Minas.