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Cohab quer vender conjuntos para a Caixa Econômica

Minha Casa, Minha Vida. Custo das unidades destinadas às famílias de baixa renda pode ficar 20% menor Proposta em estudo abrange apenas cidades com até 50 mil habitantes Zu Moreira A Associação Brasileira das Companhias de Habitação (ABC), que reúne as Cohabs dos Estados, pressiona a Caixa Econômica Federal e o Ministério das Cidades a aprovarem proposta que poderia alavancar a construção de moradias, no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda entre um e três salários mínimos. Pela proposta, defendida pela Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG), a Caixa compraria conjuntos fechados. “Se a Caixa aceitar, teremos condições de repassar os conjuntos habitacionais, em cidades com menos de 50 mil habitantes, a um custo bem mais baixo”, afirma o vice-presidente da ABC e presidente da Cohab-MG, Sebastião Navarro. Além de atender à chamada moradia social, inviável economicamente para a indústria da construção civil, a proposta reforçaria o caixa das Cohabs. Apenas em Minas Gerais, segundo Navarro, há pedidos de prefeituras para a construção de 11 mil moradias no próximo ano. No entanto, o governo estadual só possui dotação orçamentária para levantar 3.000 casas. Segundo ele, o modelo seria mantido: a Cohab construiria as casas e as prefeituras, como contrapartida, ofereceria toda infraestrutura, que inclui doação ou compra de terreno, instalação de sistema de água, esgoto e energia elétrica, além da pavimentação de ruas. O custo da casa também poderia ficar 20% menor que o executado por meio das construtoras inscritas no Minha Casa, Minha Vida. O custo médio de construção de uma unidade da Cohab é de R$ 36 mil, enquanto o subsídio dado pelo programa federal é de R$ 46 mil. A Cohab-MG cobra 6% de taxa de administração, enquanto no mercado o percentual varia de 15% a 20%. O padrão é similar: casa de dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. Na última quarta-feira, representantes das Cohabs se reuniram em Brasília com agentes da Caixa e do Ministério das Cidades para discutir uma solução ao impasse. “Espero que no início do ano que vem o Ministério das Cidades dê uma solução a esse problema. Se temos condições de oferecer serviço melhor a um custo mais baixo, por que estamos fora?”, questiona Navarro. Em Minas Gerais, a meta é construir cerca de 88 mil unidades até o fim de 2010. Último balanço da Caixa indicava a contratação de 12,3 mil unidades para todas as faixas de renda. Caixa bate recorde na habitação SÃO PAULO. A retração de outros bancos na concessão do crédito imobiliário por conta da crise e o programa Minha Casa, Minha Vida serão responsáveis por recorde histórico da Caixa Econômica Federal neste ano. O banco, que registrou R$ 39,3 bilhões em contratações imobiliárias até 30 de novembro, estima chegar aos R$ 41 bilhões até o final do mês, contra os R$ 23,3 bilhões no ano passado. Os dados foram divulgados ontem pelo vice-presidente da instituição, Jorge Hereda. O volume de contratações cresceu 93%.