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Construa Minas 2023 discute a utilização da alvenaria estrutural com blocos de concreto: otimização e baixo desperdício nas obras

Cristiane Miranda/Interface Comunicação

O Seminário “Alvenaria Estrutural com blocos de concreto: uma solução competitiva e racionalizada para uma construção sustentável”, promovido pela Associação Brasileira de Cimentos Portland, ocorreu na tarde desta terça-feira (24), no Auditório TopMix, durante o Construa Minas 2023. Estavam presentes ao encontro, o vice-presidente da área de Materiais e Tecnologia do Sinduscon-MG, Ignácio Valle Ribeiro, e o gerente regional MG da Associação Brasileira de Cimento Portland, Lincoln Raydan.

Na abertura do evento, o engenheiro Luiz Sérgio Franco, diretor da Arco Projetos, debateu o tema “Maximizando a eficiência dos projetos de alvenaria estrutural com blocos de concreto”. Luiz Sérgio destacou que o desenvolvimento do projeto é fundamental para a racionalização da obra, além de ser feito por uma equipe multidisciplinar.

O engenheiro ressaltou ainda os muitos benefícios de uma obra feita com alvenaria estrutural com blocos de concreto. “Há uma diminuição de custos da produção; diminuição do prazo da obra; há um aumento do volume de produção e a eliminação de desperdícios”.

Na alvenaria estrutural, as paredes construídas com blocos de concreto desempenham as funções de estrutura e de fechamento. Essa solução elimina a necessidade de pilares e vigas, reduzindo o uso de armaduras e de formas. Quando a obra é feita com bloco de alvenaria estrutural de concreto, uma das vantagens é a agilidade para erguer a edificação.

O técnico em edificações e engenheiro de produção Grégory Lacerda apresentou o case de sucesso de um empreendimento com alvenaria estrutural realizada pela construtora F A Oliva, de Jundiaí, São Paulo. Com 66 anos de atividades, a F A Oliva já construiu mais de 8 mil unidades residenciais em sete cidades.

Construção e sustentabilidade

A engenheira Clarice Degani, diretora-executiva do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), também foi uma das palestrantes, abordando o tema “O Sidac e a aplicação no setor de blocos de concretos”. Ela destacou os desafios da construção de baixo carbono. “Todo ambiente precisa se adaptar às mudanças climáticas. As emergências climáticas têm implicações diretas no cotidiano das pessoas e na economia”, disse.

O Sistema de Informação do Desempenho Ambiental da Construção (Sidac), plataforma digital e pública, permite calcular indicadores de desempenho ambiental de produtos de construção com base em dados brasileiros e nos conceitos da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). A primeira versão do Sidac contempla os indicadores de demanda de energia primária e emissão de CO2, do berço ao portão da fábrica.

Com isso, o Sidac visa contribuir para incorporar o desempenho ambiental nas decisões do dia a dia da Construção Civil brasileira, de forma simples, prática e acessível, para viabilizar a redução do carbono e da energia incorporados nas edificações.

Para Degani, hoje a Construção Civil vive o desafio de construir de forma mais sustentável. Ela observou que algumas empresas já demonstram preocupação, ao desenvolverem produtos para o setor com baixo impacto ao meio ambiente. “O carbono e a energia irão definir a competitividade na Construção Civil. Será preciso medir, comparar, entender e estabelecer metas para mitigar e adaptar às mudanças climáticas”.

No fechamento do seminário, o sócio da Ethos Soluções Construtivas, o engenheiro civil Davidson Deana, falou sobre a “Viabilidade da Alvenaria Estrutural racionalizada com bloco de concreto para o novo Minha Casa, Minha Vida”. Ele apresentou alguns dados, como o déficit habitacional no Brasil que gira em torno de 5,8 milhões de moradias.

Em sua apresentação, Davidson destacou as vantagens da alvenaria estrutural. “A alvenaria estrutural é muito viável na economia. Estudos realizados por especialistas em construção em alvenaria de renomadas universidades brasileiras, comprovam que a alvenaria estrutural com blocos de concreto permite reduzir o custo das obras em até 30% em torres de até quatro pavimentos e 10% em torres com até 15 pavimentos”. Ao final, o engenheiro citou ainda as características da construção industrializada como a pré-fabricação, a padronização dos processos e a economia de escala.

O Construa Minas 2023 tem patrocínio da TopMix Concreto (Diamante), Confea (Prata), Copasa (Prata), Sicoob Imob.Vc (Prata), Plan Radar (Prata), Mais Controle (Cota StartUp) e apoio institucional da ABRH-MG, CMI/Secovi MG, CREA-MG, Sinaenco-MG, Sindicer-MG, Ibmec, UFMG/DEMC e Tia Lia Lanches.