Empresários da Indústria da Construção estiveram reunidos nesta terça-feira (23/02), na sede da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), em Brasília, com representantes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para o acompanhamento do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV). Esses encontros são realizados periodicamente pela entidade para avaliar a execução do programa e seus aspectos operacionais. Pela manhã, a reunião contou com a presença do vice-presidente de habitação do Banco do Brasil, Hamilton Silva, e a equipe de engenharia e operações do banco.
Na oportunidade, o Banco do Brasil apresentou o novo modelo organizacional, agora com a gestão da área de engenharia separada da área de operações. Foi criada a vice presidência de serviços, infraestrutura e operações(VISIN-COO) que engloba unidades de suprimentos (DISEC), engenharia (USI) e operações (UOP). Dentro da Unidade de Serviços de Infraestrutura (USI) foi criado o Centro de Serviço em Infraestrutura (CESIN), sediado em São Paulo. Segundo o gerente geral da CESIN, Francisco Roder Martinez, o objetivo é simplificar o processo, pois queremos facilitar a vida do empresário.
Além de uma equipe dedicada e exclusiva ao crédito habitacional BB e PMCMV estão nas atribuições do CESIN: estudo de viabilidade técnica de empreendimentos; realização de vistorias; elaboração de laudos de engenharia; acompanhamento de obras; emissão de pareceres técnicos; gestão dos credenciados em âmbito nacional.
Os empresários da construção apontaram problemas operacionais do Banco do Brasil, que já haviam sido apontados em outra conversa. A questão da flexibilização no pagamento dos 5% referentes à última parcela do empreendimento é um dos assuntos que vem sendo tratados sistematicamente. O setor reivindica liberar parte da parcela mediante a apresentação do Habite-se, Averbação e CND. O líder de projeto da CII/CBIC e vice presidente da CBIC, Carlos Henrique Passos, cobrou da comitiva do Banco uma posição sobre o assunto e lembrou que esse pedido é antigo do setor.
SOLUÇÃO NEGOCIADA – Roder afirmou que o Banco do Brasil está estudando qual será a melhor alternativa em relação à liberação aos últimos 5% após a medição de 95% da obra. As invasões dos empreendimentos quase finalizados também entrou na pauta de discussão, alguns empresários destacaram que o processo de entrega é moroso, o que propicia a invasão. Ao final, o vice-presidente de habitação do Banco do Brasil, Hamilton Silva, afirmou aos presentes que serão superados os problemas e destacou o papel da construção nesse cenário de recessão.
Já a reunião com a Caixa, contou com as presenças do diretor de habitação Teotônio Resende e comitiva do banco. Entre os assuntos da pauta, os executivos abordaram a para o posição do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) informando que o faixa 1,5 ainda está em discussão. Foram analisadas questões operacionais referentes aos contratos. Resende informou que a presidente Dilma Rousseff prometeu finalizar as definições do faixa 1,5 em março desse ano. Outra reclamação do setor era o pagamento antecipado do Seguro Pós Obras.
Sobre o uso de parede de concreto, a Caixa informou que está tendo problemas de condensação em algumas regiões. Foi proposta a criação de grupos regionais para discutir e tentar encontrar soluções para o problema. A CBIC ficou incumbida de montar os grupos de empresas interessadas e informar à Caixa.
E uma das medidas adotadas pela Caixa em atendimento à solicitação do setor é com relação ao valor do enquadramento do imóvel que hoje já é feito pelo valor da compra e venda. A Caixa informou também que a partir de 1º março, apenas pessoas jurídicas poderão vender imóveis do Programa Minha Casa Minha Vida.