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Construção está cada vez mais cara no país

Habitação popular é a primeira a pagar pela alta nos custos do material e da mão-de-obra Custo da construção continua alto O aumento dos custos da construção civil provoca impacto significativo na área de habitação popular. Segundo a Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab-MG), executora do programa do governo estadual Lares Habitação Popular (PLHP), o valor médio de uma casa popular de dois quartos, já com toda a infra-estrutura de água, luz e esgoto, sofreu reajuste de 22%: saltou de R$ 18 mil para R$ 22 mil, no prazo de um ano. Se antes a Cohab conseguia construir, em média, 100 casas com R$ 1,8 milhão, hoje, com os mesmos recursos, conseguiria levantar apenas 80 moradias. Em um Estado onde o déficit habitacional beira 800 mil moradias, o custo da construção no segmento popular é um gargalo a ser combatido. “O Estado, até aqui, tem feito suplementações para cumprir sua meta”, garante o presidente da Cohab-MG, Teodoro Alves Lamounier. O Plano Plurianual de Ação Governamental prevê a construção anual de 5.000 casas populares, destinadas a famílias com renda de até três salários mínimos. Desde 2005, a Cohab-MG já investiu cerca de R$ 286 milhões no programa. Neste ano, a previsão é R$ 170 milhões. De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais, o Custo Unitário da Construção teve aumento de 12,25% entre outubro de 2007 e setembro deste ano. Mão-de-obra sobe 30% O engenheiro da construtora B&M, Roger Miranda, afirma que para executar obras do programa de moradia popular em Águas Vermelhas, no Norte de Minas, teve que “importar” 40 profissionais da Bahia e Pernambuco, em razão da falta de mão-de-obra qualificada na região. “Tivemos um aumento de cerca de 30% nos custos de mão-de-obra”, afirma Miranda, que aposta na produtividade dos pedreiros para compensar a alta. Em média, um pedreiro recebe cerca de R$ 800 nessa empreitada. De lá, os operários devem seguir para Conceição do Rio Verde, no Sul do Estado, onde serão construídas mais 50 casas. “É uma despesa considerável, porque inclui transporte, alimentação e hospedagem”, afirma Miranda. Déficit habitacional O Sinduscon de São Paulo alerta que as 100 mil pequenas, médias e grandes construtoras do país não querem o Estado como sócio, precisam apenas de linhas de crédito para enfrentar a atual crise que poderá criar alguns transtornos para quem quiser comprar casa. Confira alguns números: R$ 286 milhões foi o volume de recursos investidos desde 2005. A previsão de recursos investidos para este ano é de R$ 170 milhões. E 20 mil casas é a meta de construção de moradias populares no quadriênio 2007/2010. Materiais aumentam * Aço Ca 50 – 61,91% * Bloco de concreto – 32,45% * Concreto fck 15 Mpa – 22,22% * Tubo de ferro galvanizado – 35,12% * Telha fibrocimento ondulada 6mm – 30,09% * Tubo PVC-R – 20,99% * Cimento – 32,74% * Fechadura porta interna – 22,38% * Bacia sanitária branca com caixa – 16,74% Esses preços foram sugeridos pelo mercado e podem variar de acordo com o local da compra.Contudo os aumentos são reais.