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Construção gera mais vagas

A construção abriu 11 mil vagas em agosto. A ampliação não foi suficiente para impedir a alta no desemprego da Região Metropolitana (RMBH), de 9,6% em julho para 9,7% em agosto, segundo a Fundação João Pinheiro (FJP). Depois da retração verificada em julho, o desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) subiu em agosto. A taxa passou de 9,6% da População Economicamente Ativa (PEA) para 9,7%. Mesmo com o aumento, foi o segundo menor percentual registrado neste ano, perdendo apenas para o sétimo mês de 2008 (9,6%). Nesse período o acréscimo de desempregados chegou a 5 mil pessoas. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação João Pinheiro (FJP), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e Fundação do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), divulgada ontem. O coordenador técnico do Centro de Estatística e Informações (CEI) da FJP, Plínio Campos de Souza, ressaltou que o resultado de agosto se deve ao ingresso de 31 mil pessoas no mercado de trabalho, superior ao da geração de vagas (26 mil) na região. “O aumento do desemprego em agosto não significa tendência”, frisou. No oitavo mês de 2008, 258 mil pessoas estavam desempregadas na RMBH, contra 253 mil de julho. Naquele mês, o nível ocupacional apresentou alta de 1,1% ante o mês anterior e totalizou 2,406 milhões de trabalhadores. Na divisão por setores, o de serviços gerou 7 mil postos, o que foi considerado estável pelo levantamento, já que a alta foi de apenas 0,5%. Nessa base de comparação, a indústria registrou recuo de 4 mil vagas ou de -1,1% e o comércio gerou mil empregos, com variação de 0,3%. A construção civil computou mais 11 mil postos de trabalho, expansão de 6,6% frente julho. No agregado “outros setores” foi verificado aumento de 6%, ou seja, mais 11 mil vagas. Inexpressiva – Souza ressaltou que a alta do desemprego na Grande Belo Horizonte não foi expressiva. A taxa também foi a menor na comparação com os meses de agosto da série, iniciada em 1996. “Acredito que os percentuais para os próximos meses fiquem na casa dos 9%, 9,5%”, observou. De acordo com a PED/RMBH, a procura por trabalho ficou em 45 semanas em agosto deste ano, duas a menos que o calculado em julho. Na divisão por forma de inserção foi registrado aumento de 13 mil empregos no setor público (4,3%). Já o resultado das ocupações com registro em carteira foi de estabilidade (-0,4% ou 5 mil a menos). Entre os assalariados sem carteira (-5,5%), nesse intervalo foi verificada redução de 10 mil postos. Os autônomos contaram com 12 mil ocupações a mais (2,6%) e os empregados domésticos 9 mil vagas, o que representou alta de 5,2%. No agregado “demais posições”, o levantamento computou aumento de 4,9% vagas ante julho deste ano ou 7 mil vagas a mais. Taxa cai 17,8% em relação a agosto de 2007 Na comparação com agosto do ano passado, o desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) apresentou recuo de 17,8%, já que a taxa passou de 11,8% para 9,7% da População Economicamente Ativa (PEA). Nesse intervalo o tempo médio de procura por trabalho também caiu, passando de 53 semanas para 45 semanas. As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Fundação João Pinheiro (FJP), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e Fundação do Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), divulgada ontem. Ainda conforme o levantamento, o número de postos de trabalho (140 mil) foi superior à quantidade de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho nessa base de comparação (95 mil). Já o número de desempregados registrou redução de 45 mil. Em agosto de 2007, 303 mil pessoas estavam desempregadas na RMBH, enquanto que neste ano o número passou para 258 mil. Nesse período o número de ocupados aumentou 6,2%, com recuo de 2,4% para a indústria (-9 mil postos) e alta de 11,2% para o comércio (37 mil). A construção civil também empregou mais em agosto ante igual mês do ano anterior. O crescimento foi de 14,1% (22 mil vagas). Em agosto deste exercício frente ao mesmo mês de 2007, o setor de serviços gerou 81 mil vagas, o que representou crescimento de 6,6%. No agregado “outros setores” também foi verificado acréscimo de 9 mil ocupações, o que representou incremento de 4,8%. (JG) Rendimento médio do trabalhador cresceu A Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte (PED), divulgada ontem, também revelou que o rendimento médio dos ocupados e dos assalariados em julho frente igual mês de 2007 aumentou. As elevações foram de 12,3% e 12,4%, respectivamente. No primeiro caso, o trabalhadores passaram a receber R$ 1,144 mil no sétimo mês de 2008, contra R$ 1,019 mil computado em igual mês do exercício anterior. Os assalariados da RMBH passaram a receber R$ 1,189 mil em julho deste ano, valor bem acima do alcançado em julho de 2007 (R$ 1,058 mil). Na comparação de julho de 2008 contra junho do mesmo ano, o rendimento médio dos ocupados da Grande Belo Horizonte elevou-se em 3,6%, saltando de R$ 1,104 mil para R$ 1,144 mil. E o salário real médio aumentou 3,7%. Brasil – Ontem também foi divulgada da taxa de desemprego médio de seis regiões metropolitanas, feita pelo Sistema PED, que foi estimado em 2,911 milhões em agosto, 22 mil a menos frente ao mês anterior. A taxa de desemprego ficou em 14,5%, praticamente estável e menor para o mês desde 1998. Foram analisadas além da RMBH, as de Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e o Distrito Federal. Na comparação anual, a RMBH foi a que apresentou a queda mais expressiva do desemprego, com recuo de 17,8%, seguida pela Região Metropolitana de Porto Alegre, com retração de 15,7%. Entre as regiões analisadas, apenas a do Recife apresentou alta em agosto ante o oitavo mês de 2007 (9,2%). Já em agosto frente julho de igual ano, a Grande Belo Horizonte e Recife, com variações de 1% e 0,6%, respectivamente, foram as únicas elevações verificadas. As demais também registraram queda. A taxa de desemprego da Região Metropolitana de Recife foi a mais alta em agosto deste ano, representando 21,3% da PEA. No mesmo mês do ano passado, a primeira posição ficou com Salvador (21,8%). (JG)