Sinduscon – MG

Notícias

Home / Construção terá linha de R$ 3 bi da CEF

Construção terá linha de R$ 3 bi da CEF

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o governo divulgará hoje um programa de capital de giro para as empresas do setor de construção civil. Segundo ele, serão R$ 3 bilhões que virão de uma linha especial da Caixa Econômica Federal (CEF) e não do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O custo financeiro ainda não está definido, embora Mantega tenha afirmado que será inferior ao praticado pelo mercado. Mantega também mencionou a disponibilização do capital de giro para a indústria em geral, mas não deixou claro se isso acontecerá por meio do sistema financeiro privado ou se será um programa do governo. O ministro destacou que o governo trabalha para fazer uma política anticíclica que garanta a continuidade do crescimento do país. Nesse sentido, ele enfatizou que os investimentos públicos, em especial os relacionados ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), não serão paralisados. Segundo Mantega, a estratégia do governo Lula está clara e é pautada pelo estímulo aos investimentos públicos, de modo que estes incentivem o setor privado a se expandir. “Esta crise não mudou a direção. Não mudou a relação entre o Estado e o setor privado. O Estado é regulador e busca incentivar o setor privado”, afirmou o ministro, destacando que esse modelo estava funcionando perfeitamente até o agravamento da crise. De acordo com ele, o governo, ao ajudar as instituições financeiras, não está mirando em uma estatização, nem privilegiando um setor, mas garantindo que os recursos financeiros cheguem ao setor produtivo. Ele também lembrou que o governo está estimulando crédito no setor agrícola. MP – Ainda em relação aos bancos e à Medida Provisória 443, que aumenta os poderes da CEF e do Banco do Brasil (BB), Mantega afirmou que não há nada de estatização nessa medida e ressaltou que o objetivo do governo é resolver questões emergenciais. “Se os bancos privados fizerem, melhor. Mas se eles não atuarem temos os bancos públicos. Estamos fazendo isso para manter um crescimento”, afirmou o ministro. O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Safady Simão, considerou suficiente os R$ 3 bilhões que o governo pretende emprestar às construtoras. Segundo Simão, a proposta do setor é que a taxa de juros seja de 9% mais a Taxa Referencial (TR). O presidente da CBIC disse que os recursos poderão ser usados para financiar fusão entre as construtoras, além da compra de ativos e adiantamento de recebíveis. A estimativa é que o setor de construção civil cresça 8,5% este ano. Segundo Simão, o reforço do governo terá por objetivo garantir que a desaceleração prevista para 2009 não seja muito forte. (AE)