O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) caiu para 47 pontos em julho, menor patamar da série histórica iniciada em fevereiro de 2010. Este é o segundo mês consecutivo que o indicador fica abaixo da linha dos 50 pontos, refletindo um pessimismo no setor. O resultado é reflexo da insatisfação dos empresários em relação às condições atuais de negócio. Há nove meses, o índice está abaixo dos 50 pontos e em julho registrou 41,7 pontos.
Para o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, o cenário econômico atual pode estar influenciando a insatisfação dos empresários da Construção.
Em julho, a condição atual de negócios no Brasil foi a que teve pior avaliação pelos empresários, com 35,4 pontos, seguido do ambiente em Minas, com 38 pontos. Em relação à própria empresa, o dado ficou em 44,6 pontos. Os resultados estão abaixo da linha dos 50 pontos.
Quanto às expectativas para os próximos seis meses, apenas aquelas em relação à própria empresa seguem positivas, com 52,1 pontos. Já as perspectivas para o Brasil ficaram em 43,9 pontos e as referentes ao Estado registraram 43,4 pontos. No geral, as expectativas ficaram em 49,6 pontos, sinalizando relativa estabilidade para os próximos seis meses.
Nível de atividade sofre nova queda
Pelo oitavo mês consecutivo o nível de atividade apurado pela Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais permanece abaixo dos 50 pontos, significando queda. Segundo os dados levantados, o nível de atividade em relação ao mês anterior foi de 42,1 pontos, em junho, o nível de atividade em relação ao usual apurou 42,2 pontos e o número de empregados apresentou 44,4 pontos.
“O aumento da taxa de juros, a inflação ainda elevada e a dificuldade para acelerar o crescimento da economia, aliada à instabilidade política, provoca um cenário pouco confortável para os investimentos. Isso prejudica também o ambiente de negócios no setor de Construção”, analisa Furletti.
Quanto às expectativas para os próximos seis meses, há uma relativa estabilidade em julho, tendo o nível de atividade apurado 49,8 pontos e o de compras de matérias-primas cravado os 50 pontos. Já as perspectivas de contratações ficaram em 50,3 pontos e as de novos empreendimentos em 50,8 pontos.
No que se refere às condições financeiras das empresas, os dados do segundo trimestre de 2013 estão abaixo da linha dos 50 pontos. A percepção quanto à acessibilidade ao crédito ficou em 46,8 pontos. A avaliação da situação financeira da empresa registrou 43,2 pontos e o índice relativo às margens de lucro ficou em 39,4 pontos.
Dentre os problemas que impedem um maior crescimento do setor, 58,5% dos empresários destacaram a elevada carga tributária. A falta de mão de obra qualificada foi pontuada por 53,7% dos entrevistados e 36,6% também citaram a falta de demanda.
A pesquisa
A Sondagem da Construção de Minas e o Índice de Confiança do Empresário Industrial da Construção de Minas são elaborados pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e tem como parceiro o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Os dados foram coletados entre 1º e dia 12 de julho junto a 44 empresas mineiras.
Assessoria de Comunicação do Sinduscon-MG