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CUB registrou aumento de 0,84% em outubro

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m2) registrou alta de 0,84% em outubro frente ao mês anterior, quando o indicador cresceu 0,81% em relação a agosto. Os resultados foram divulgados ontem pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Dos quatro grupos que compõem o indicador, o material de construção foi o único que apresentou aumento ( 1,64%), enquanto outros gastos, como mão-de-obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos mantiveram-se estáveis. Com isso, o custo do metro quadrado de construção na Capital mineira, para o projeto-padrão representatativo R8-N – de residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos – ficou em R$ 796,57 em outubro, frente a R$ 789,96 em setembro. De acordo com o coordenador sindical do Sinduscon-MG, o economista Daniel Furletti, o aumento é injustificável e preocupa o setor, e se deu principalmente com a alta dos insumos, que vêm subindo mais do que no ano passado. “Para se ter um exemplo, até outubro, o custo dos materias já tinha aumentado 15,96%. Enquanto no mesmo período de 2007, a alta acumulada foi de 5,91%”, explicou. O economista observou que o aço, que responde, em média, de 7% a 9% nos custos de uma construção, tem peso importante nos resultados, apesar de, neste mês, ter subido menos: 1,81%. “Desde o início do ano, o insumo já acumula alta de 59,85%. Não faz sentido aumentos assim, são injustificáveis. E, nem há ligação com a crise financeira internacional ainda, já que a tendência de agora para frente é que os preços dos insumos caiam”, avaliou. Vilões – Na pequisa de outubro, os vilões foram o cimento e concreto, que tiveram altas de 6% e 5,96% respectivamente. Também se destacaram no levantamento, em função de acréscimos nos preços, as placas cerâmicas ( 4,76%); vidro liso transparente ( 4,70%), janelas de correr (em perfil de chapa de ferro dobrada ( 3,63%), porta interna semi-oca para pintura ( 2,95%) e bacia sanitária branca com caixa acoplada ( 2,86%), entre outros materiais. Mesmo com os aumentos, Furletti acredita no esforço de toda a cadeia produtiva do setor para evitar um forte desaquecimento na construção civil mineira, principalmente a partir de 2009. “A crise da economia mundial preocupa. Nenhum setor está imune, enfrentamos um momento muito especial e isso reforça a necessidade de busca constante pelo diálogo e o entendimento para continuarmos crescendo. No ano que vem o problema tende a se agravar, mas esperamos que o governo continue estimulando o setor e mantendo o crédito imobiliário”, concluiu. LUCIANE LISBOA