O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) registrou, em agosto/16, alta de 0,13% em relação ao mês anterior. Com exceção do material de construção, que aumentou 0,32%, todos os demais componentes do indicador ficaram iguais ao mês anterior (mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento). Com este resultado, o custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em julho era R$1.261,74 passou para R$1.263,40 em agosto. O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Em agosto oito materiais, entre os 26 pesquisados, apresentaram aumentos em seus preços entre os quais se destacaram: janela de correr (+4,53%), tubo de PVC-R rígido (+2,52%), bloco cerâmico (+2,44%) e placa de gesso (+2,00%).
Resultado acumulado de janeiro a agosto de 2016: Nos primeiros oito meses do ano o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) acumulou alta de 7,69%. Esse resultado refletiu aumentos nos seguintes custos: 1,15% no material de construção, 12,31% na mão de obra e 19,83% na despesa administrativa. O aluguel de equipamento registrou estabilidade no período. Como se observa, a maior pressão para o alta do CUB/m² foi no item mão de obra, que representa a maior parcela do custo da construção (54,72% em agosto/16).
De janeiro a agosto/16 as maiores altas de preços foram observadas nos seguintes materiais: porta interna semi oca para pintura (+13,17%), placa de gesso (+12,92%), esquadria de correr (+8,79%), tubo de PVC-R rígido (+8,45%), disjuntor tripolar 70 A (+5,28%), bacia sanitária branca (+5,26%) e bloco cerâmico (+5,00%).
O coordenador do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, ressalta: “Apesar do maior aumento em alguns itens, as elevações de preços de materiais de construção continuam acontecendo de forma pontual. Não se observa incremento generalizado nestes preços. Essa análise pode ser confirmada pela variação do custo com materiais de construção nos primeiros oito meses do ano que foi de 1,15% e também pelo aumento acumulado nos últimos 12 meses que alcançou 2,52%. Acreditamos que essa tendência de maior estabilidade do custo com material deverá permanecer nos próximos meses, pois não existe qualquer espaço para aumento de preços. O índice de confiança do construtor mineiro vem registrando melhora nos últimos meses, marcando uma tendência de redução do pessimismo do empresário do setor. Apesar disso, o indicador do nível de atividade da Indústria da Construção de Minas Gerais continua em patamares baixos, mostrando seus reflexos, inclusive, na geração de emprego.
Acumulado nos últimos 12 meses (setembro/15 – agosto/16): Nos últimos 12 meses encerrados em agosto/16, o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 8,27%. Esse resultado refletiu aumentos nos seguintes custos: 2,52% no material de construção, 12,31% na mão de obra, 17,89% na despesa administrativa e 7,76% no aluguel de equipamento.
Neste período, os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços foram: Tubo de PVC-R rígido (+19,05%), porta interna semi oca para pintura (14,44%), placa de gesso liso (+12,92%), emulsão asfáltica (+11,96%) e disjuntor tripolar (+8,07%).
Resultado do CUB/m² desonerado
O CUB/m² desonerado cresceu 014% em agosto/16, acumulando alta de 7,43% nos primeiros oito meses de 2016 e 8,06% nos últimos 12 meses (setembro/15-agosto/16).
A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 187,70%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 154,01%.