Depois de registrar aumento de 1,45% em abril, em função da elevação do custo com a mão de obra, em maio/18 o Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) registrou alta de 0,17%. Dentre os seus componentes observou-se que somente o custo com material aumentou em maio: 0,44%, enquanto mão de obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos permaneceram estáveis.
O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em abril/18 era R$1.358,47 passou para R$1.360,82 em maio/18. O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) conforme a Lei Federal 4.591/64 e de acordo com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) a mão de obra representou, em maio, 56,19% do custo, os materiais de construção responderam por 39,53% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,28%.
Entre os materiais que apresentaram aumento em seus preços em maio/18 destacaram-se: emulsão asfáltica impermeabilizante (+6,80%), fio de cobre antichama (+2,75%), porta interna semi-oca para pintura (2,36%) e esquadria de correr (+1,17%).
O coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti destaca: “Estamos acompanhando com muita preocupação o aumento que começou a acontecer com mais intensidade nos materiais de construção. As justificativas para isso têm sido o aumento do frete. A Construção não pode ser ainda mais penalizada do que já está sendo. O setor, que responde por mais de 50% dos investimentos do país e é um grande gerador de mão de obra, depois de registrar queda superior a 20% nos últimos quatro anos, iniciou 2018 com redução em suas atividades. Na comparação do primeiro trimestre de 2018 com o último trimestre de 2017, a queda observada em seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de 0,6%, enquanto a economia nacional registrou resultado positivo (+0,4% nesta mesma base de comparação). As projeções de crescimento para a Construção, que no início do ano eram de 3%, agora são de crescimento bem mais modesto:0,5%. Portanto, o setor, que é o motor para impulsionar o desenvolvimento sustentado da economia, não tem como absorver aumentos de insumos especialmente num momento em que suas atividades ainda estão enfraquecidas. Isso é uma grande preocupação e estamos monitorando”.
Acumulado no período de janeiro a maio/18 – Nos primeiros cinco meses do ano o CUB/m² (projeto-padrão R8N) registrou alta de 2,27%. Já o custo com material aumentou, neste período, 1,66% e o custo com a mão de obra 2,53%. O custo com a despesa administrativa cresceu 4,79% enquanto o custo com aluguel de equipamentos ficou estável. Os materiais que registraram as maiores elevações de preços foram: esquadria de correr (+15,04%), emulsão asfáltica impermeabilizante (+11,30%), cimento CP 32 (+10,71%) e fio de cobre (+9,60%).
Acumulado nos últimos 12 meses (junho/17 – maio/18): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 3,02%, o que foi reflexo das seguintes variações: 3,25% no custo com material de construção, 2,53% no custo com a mão de obra, 7,33% nas despesas administrativas e 7,20% no aluguel de equipamentos. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços nos últimos 12 meses foram: esquadria de correr (+19,12%), fio de cobre antichama (+15,77%), porta interna semi-oca para pintura (+12,58%), emulsão asfáltica impermeabilizante (+12,24%), tinta PVA látex (11,35%) e disjuntor tripolar 70 A (+11,31%).
Resultado do CUB/m² desonerado
O CUB/m² desonerado aumentou 0,18% em maio/18, acumulando alta de 2,93% nos cinco primeiros meses do ano e 3,73% nos últimos 12 meses (jun/17-maio/18).
A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 188,16%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 157,69%.
Resultado do CUB/m² desonerado
O CUB/m² desonerado aumentou 0,18% em maio/18, acumulando alta de 2,93% nos cinco primeiros meses do ano e 3,73% nos últimos 12 meses (jun/17-maio/18).
A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 188,16%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 157,69%.