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Custo da Construção (CUB/m²) em Belo Horizonte registrou alta de 0,25% no primeiro mês do ano

 Fonte: Assessoria Econômica/Sinduscon-MG

 O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) registrou, em janeiro, alta de 0,25% na comparação com o mês anterior.   Dentre os componentes do CUB/m² observou-se que o custo com material cresceu 0,39% e as despesas administrativas apresentaram elevação de 2,25%. O custo com equipamentos e o custo com a mão de obra mantiveram-se estáveis.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em dezembro/17 era R$1.330,58 passou para R$1.333,86 em janeiro/18.   O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) o custo com a mão de obra representou em janeiro 55,91%, os materiais de construção responderam por 39,83% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,26%.

Entre os materiais que apresentaram aumentos em seus preços em janeiro destacam-se: esquadria de correr (+3,06%), fio de cobre (+2,67%), aço CA 50 10mm (+2,30%), placa cerâmica (+1,79%), telha fibrocimento (+1,44%) e bacia sanitária (+1,43%).

Para o coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, “espera-se que as expectativas da manutenção da inflação em patamares ainda baixos em 2018  mantenha o ritmo mais comportado no preço dos insumos”.  Ele ressalta que apesar de alguns itens apresentarem aumentos elevados, referem-se a altas pontuais e não generalizadas e espera-se que este comportamento se mantenha em função das dificuldades ainda vivenciadas pelo setor da Construção.

Acumulado nos últimos 12 meses (fevereiro/17 – janeiro/18): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 5,16%, o que foi reflexo das seguintes variações: 1,69% no custo com material de construção, 7,88% no custo com a mão de obra, 3,87% nas despesas administrativas e 7,20% no aluguel de equipamentos.  Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços neste período foram: disjuntor tripolar 70A (+13,84%), vidro liso transparente 4mm (+12,93%), chapa compensado plastificado (+9,52%), janela de correr (+8,80%),  tubo de ferro galvanizado com costura (+8,66%), fio de cobre (+8,45%), tinta látex  (+8,23%) e esquadria de correr (+8,03%).

CUB-metro-quadrado-belo-horizonte-janeiro-2018

Resultado do CUB/m² desonerado

O CUB/m² desonerado aumentou 0,26% em janeiro/18, acumulando alta de 5,01% nos últimos 12 meses (fevereiro/17-janeiro/18).

A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 189,74%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 155,94%.