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Custo da construção (CUB/m²) em Belo Horizonte aumentou 0,12% em julho

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) aumentou 0,12% em julho, em relação ao mês anterior. Esse resultado pode ser justificado pela alta de 0,31% no custo com materiais de construção. Todos os demais componentes (mão de obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos) permaneceram estáveis.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em junho/19 era R$ 1.428,31, passou para R$ 1.430,09 em julho/19. O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) conforme a Lei Federal 4.591/64 e de acordo com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) a mão de obra representou, em julho, 55,81% do custo. Os materiais de construção responderam por 40,10% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,09%.

De acordo com o coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, o custo com material de construção é o único componente do CUB/m² que está registrando alta. “Desde fevereiro as variações do CUB/m² são devidas, exclusivamente, às alterações nos preços dos materiais, pois todos os demais componentes permaneceram estáveis nesse período. Conforme temos destacado nos últimos meses, a inflação no País está sob controle, devendo, inclusive, encerrar o ano abaixo do centro da meta (4,25%). De acordo com a Pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação no País, deverá encerrar 2019 com uma variação de 3,80%. Portanto, não existe ambiente para aumentos de preços. As elevações observadas estão acontecendo de forma bem pontual”.

Tabela CUB

Os materiais que apresentaram aumento em seus preços em julho/19 foram: porta interna semioca para pintura (+12,90%), areia (+5,96%), esquadria de correr (+1,29%), cimento CP-32 II (+0,73%) e brita (+0,66%).

Acumulado no período de janeiro a julho/19 – Nos primeiros sete meses do ano, o CUB/m² (projeto-padrão R8N) registrou alta de 1,43%. Já o custo com material aumentou, nesse período, 2,44%, e o custo com a mão de obra, 0,82%. Os custos com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos permaneceram estáveis. Os materiais que registraram as maiores elevações de preços foram: areia (+23,28%), porta interna semioca para pintura (+15,82%), brita (+11,76%), tinta látex PVA (+10,00%) e aço CA 50 10 mm (+7,04%).

Acumulado nos últimos 12 meses (agosto/18 – julho/19): Nos últimos 12 meses, o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 4,27%, reflexo das seguintes variações: 4,56% no custo com material de construção, 4,38% no custo com a mão de obra e estabilidade no custo com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços nesse período foram: areia (+23,28%), porta interna semioca para pintura (+20,51%), aço CA 50 10 mm (+17,34%), brita (+16,03%), tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” (+15,69%), tinta látex PVA (+10,00%), registro de pressão cromado ½” (+9,40%) e bacia sanitária branca com caixa acoplada (+8,80%).

Resultado do CUB/m² desonerado

O CUB/m² desonerado aumentou 0,13% em julho/19, acumulando elevação de 1,57% de janeiro a julho/19 e 4,33% nos últimos 12 meses (ago/18-jul/19).

A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 189,03%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 158,82%.

Fonte: Assessoria Econômica Sinduscon-MG – Agosto/2019