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Custo da construção (CUB/m²) em Belo Horizonte aumentou 0,15% em setembro

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) aumentou 0,15% em setembro, em relação ao mês anterior. Este resultado pode ser justificado pela alta de 0,37% no custo com materiais de construção. Todos os demais componentes (mão de obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos) permaneceram estáveis. Destaca-se que, desde fevereiro, as variações do CUB/m² são devidas, exclusivamente, às alterações nos preços dos materiais, pois todos os demais componentes permaneceram estáveis nesse período.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em agosto/19 era R$1.431,43, passou para R$1.433,58 em setembro/19.  O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) conforme a Lei Federal 4.591/64 e de acordo com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) a mão de obra representou, em setembro, 55,67% do custo, os materiais de construção responderam por 40,25% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,08%.

O coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti, destaca: “O aumento no custo com material de construção não ocorre de forma generalizada. Ele acontece de forma mais pontual e esse comportamento é condizente com o atual cenário econômico, caracterizado pela inflação sobre controle”. Em setembro, inclusive, o IPCA/IBGE, indicador oficial da inflação do país, registrou variação negativa: -0,04%. Trata-se do menor resultado para um mês de setembro desde 1998, quando a queda foi de -0,22%, e da primeira deflação desde novembro do ano passado (-0,21%). A expectativa de mercado, de acordo com a Pesquisa Focus, divulgada semanalmente pelo Banco Central, é que o IPCA/IBGE encerre 2019 com uma variação de 3,28%, abaixo, portanto, do centro da meta, que é 4,25% para este ano”.

Os materiais que apresentaram maior aumento em seus preços em setembro foram: porta interna semi-oca para pintura (+2,06%), esquadria de correr (+2,02%), areia (+1,37%), chapa compensado plastificado 18mm (+1,25%) e brita (+1,13%).

Acumulado no período de janeiro a setembro/19 – Nos primeiros nove meses do ano o CUB/m² (projeto-padrão R8N) registrou alta de 1,68%. Já o custo com material aumentou, nesse período, 3,06% e o custo com a mão de obra 0,82%. Os custos com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos permaneceram estáveis. Os materiais que registraram as maiores elevações de preços foram: areia (+27,59%), porta interna semi-oca para pintura (+15,56%), tinta látex PVA (+13,24%), brita (+12,28%) e aço CA 50 10 mm (+7,04%).

Acumulado nos últimos 12 meses (outubro/18 – setembro/19): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 4,07%, o que foi reflexo das seguintes variações: 4,06% no custo com material de construção, 4,38% no custo com a mão de obra e estabilidade no custo com as despesas administrativas e com o aluguel de equipamentos. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços, neste período, foram: areia (27,59%), porta interna semi-oca para pintura (+18,80%), brita (+13,11%), tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” (+12,80%) e aço CA-50 10mm (+12,09%).

Fonte

Resultado do CUB/m² desonerado

O CUB/m² desonerado aumentou 0,16% em setembro/19, acumulando elevação de 1,83%  nos primeiros nove meses do ano e 4,12% nos últimos 12 meses (out/18-set/19). A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/      m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 189,03%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 158,82%.

Fonte: Assessoria Econômica/Sinduscon-MG

Outubro/2019