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Custo da construção (CUB/m²) em Belo Horizonte registrou relativa estabilidade em setembro

O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) registrou, em setembro/16, alta de 0,05% na comparação com agosto.  Novamente a variação observada foi restrita ao grupo material de construção, que apresentou incremento de 0,13%.  Os demais componentes do indicador ficaram iguais ao mês anterior (mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento). Com este resultado, o custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em agosto era R$1.263,40 passou para R$1.264,09 em setembro.

O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), de acordo com a Lei Federal 4.591/64 e com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) o custo com a mão de obra representou 54,69%, materiais 41,02%, despesas administrativas 4,08% e equipamentos 0,21%.

Em setembro 11 materiais, entre os 26 pesquisados, apresentaram aumentos em seus preços entre os quais se destacaram: placa cerâmica (+3,50%), fechadura para ponta interna (+3,23%), tubo de ferro galvanizado com costura 2 ½” (2,02%), placa de gesso (+1,96%) e tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto 150mm (+1,72%).

De acordo com o coordenador sindical do Sinduscon-MG, economista Daniel Furletti,  apesar de  alguns aumentos expressivos, eles são pontuais: “O custo com material de construção vem mantendo relativa estabilidade, e essa continua sendo a tendência para os próximos meses. A confiança do construtor mineiro começou a ganhar consistência nos últimos meses, mas o maior incremento das atividades ainda depende do maior controle da inflação, do retorno dos investimentos,  da redução dos juros, do encaminhamento das reformas estruturais necessárias ao desenvolvimento do País, do controle dos gastos públicos, enfim, de um cenário com maior estabilidade macroeconômica”, pondera o coordenador.

Resultado acumulado de janeiro a setembro de 2016: Nos primeiros nove meses do ano o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) acumulou alta de 7,75%. Esse resultado refletiu aumentos nos seguintes custos: 1,28% no material de construção, 12,31% na mão de obra e 19,83% na despesa administrativa. O aluguel de equipamento registrou estabilidade no período.

De janeiro a setembro/16 as maiores altas de preços foram observadas nos seguintes materiais: placa de gesso (+15,13%), tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto 150 mm (+10,32%), porta interna semioca para pintura (+10%) e esquadria de correr (+8,79%).

Acumulado nos últimos 12 meses (outubro/15 – setembro/16): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 8,27%. Esse resultado refletiu aumentos nos seguintes custos: 2,53% no material de construção, 12,31% na mão de obra, 17,89% na despesa administrativa e 3,53% no aluguel de equipamento. Neste período, os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços foram: tubo de PVC-R rígido reforçado para esgoto 150mm (+16,29%), placa de gesso (+15,13%), porta interna semioca para pintura (12,39%) e emulsão asfáltica impermeabilizante (+11,96%).

Resultado do CUB/m² desonerado

O CUB/m² desonerado cresceu 0,06% em setembro/16, acumulando alta de 7,50% nos primeiros nove meses de 2016 e 8,05% nos últimos 12 meses (outubro/15-setembro/16).

A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 187,70%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 154,01%.