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Custo da construção em Belo Horizonte aumentou 0,31% em agosto

Fonte: Assessoria Econômica do Sinduscon-MG

 O Custo Unitário Básico de Construção (CUB/m² – projeto-padrão R8-N) aumentou 0,31% em agosto em relação ao mês anterior. Novamente em agosto a elevação do CUB/m² aconteceu em função do incremento no custo com material de construção, que aumentou 0,76%.  Os demais componentes do referido indicador de custos setorial (mão de obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos) ficaram estáveis.

O custo do metro quadrado de construção em Belo Horizonte, para o projeto-padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos-tipo e três quartos) que em julho/18 era R$1.371,58 passou para R$1.375,77 em agosto.    O CUB/m² é um importante indicador de custos do setor e acompanha a evolução do preço de material de construção, mão de obra, despesa administrativa e aluguel de equipamento. É calculado e divulgado mensalmente pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) conforme a Lei Federal 4.591/64 e de acordo com a Norma Técnica NBR 12721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Na composição do CUB/m² (projeto-padrão R8-N) a mão de obra representou, em agosto, 55,58%, os materiais de construção responderam por 40,17% e as despesas administrativas/aluguel de equipamentos foram responsáveis por 4,25%.

A alta nos preços de materiais de construção vem se destacando nos últimos meses.  Em agosto os maiores aumentos foram observados nos seguintes itens: porta interna semi-oca para pintura (+4,05%), tinta látex PVA (+3,57%), brita (+3,05%), aço CA 50 10 mm (+2,96%), emulsão asfáltica impermeabilizante (+2,71%) e disjuntor tripolar 70A (+2,25%).

Segundo o economista e coordenador do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, os resultados do CUB/m²  evidenciam um movimento maior de aumento de preços nos materiais de construção nos últimos quatro meses.  “De maio a agosto desse ano, o CUB material já subiu 3,17%. Este processo é prejudicial à recuperação das atividades da construção, que nos últimos quatro anos vivenciaram uma forte recessão. E em 2018 o cenário ainda é de dificuldades!  Dados do PIB do 2º trimestre, divulgados pelo IBGE, revelam que no primeiro semestre de 2018, comparado a igual período de 2017,  o PIB do setor registrou queda de 1,7% , evidenciando as suas dificuldades. Neste mesmo período, o PIB total do Brasil cresceu 1,1%. Portanto, a permanecer neste patamar, a Construção Civil poderá registrar, em 2018, o quinto ano de resultados negativos. A recuperação ainda lenta da economia, as incertezas provocadas pelo processo eleitoral, a instabilidade nos mercados emergentes e o cenário internacional prejudicam os novos investimentos, adiando a recuperação do setor”, destaca o coordenador.

Acumulado no período de janeiro a agosto/18 – O CUB/m² (projeto-padrão R8N) nos primeiros oito meses do ano registrou alta de 3,40%. Já o custo com material aumentou, neste período, 4,43% e o custo com a mão de obra 2,53%. O custo com a despesa administrativa cresceu 5,00% enquanto o custo com aluguel de equipamentos aumentou 6,71%.  Neste período, os materiais que registraram as maiores elevações de preços foram: emulsão asfáltica impermeabilizante (+21,59%), porta interna semi-oca para pintura (+21,57%), esquadria de correr (+19,94%), fio de cobre (+18,00%), cimento CP 32 II (+12,79%), aço CA 50 10 mm (9,68%) e bacia sanitária branca com caixa acoplada (+7,45%) .

 Acumulado nos últimos 12 meses (Setembro/17 – Agosto/18): Nos últimos 12 meses o CUB/m² (projeto-padrão R8-N) registrou alta de 3,95%, o que foi reflexo das seguintes variações: 5,82% no custo com material de construção, 2,53% no custo com a mão de obra, 5,00% nas despesas administrativas e 14,39% no aluguel de equipamentos. Os materiais que apresentaram maiores elevações em seus preços neste período: porta interna semi-oca para pintura (+33,33%), fio de cobre antichama (+22,92%), emulsão asfáltica impermeabilizante (+22,62%), esquadria de correr (+19,59%) e cimento CP-32 II (+18,72%).

cub-m²-agosto-2018

Resultado do CUB/m² desonerado

O CUB/m² desonerado aumentou 0,32% em agosto/18, acumulando alta de 4,13% nos primeiros oito meses do ano e 4,73% nos últimos 12 meses (set/17-ago/18).

A metodologia de cálculo do CUB/m² e do CUB/m² desonerado é a mesma, ou seja, ambos seguem as determinações da Lei Federal 4.591/64 e da ABNT NBR 12.721:2006. A diferença encontra-se no percentual de encargos sociais incidentes sobre a mão de obra. No CUB/m² que não considera a desoneração da mão de obra, os encargos previdenciários e trabalhistas (incluindo os benefícios da Convenção Coletiva de Trabalho) totalizam 188,16%. Já no CUB/m² desonerado, os encargos previdenciários e trabalhistas (também incluindo os benefícios da Convenção Coletiva) somam 157,69%.