Variação do CUB em março foi a menor registrada desde outubro de 2005. O Custo Unitário Básico da Construção (CUB por metro quadrado) em Belo Horizonte apresentou estabilidade no mês de março (0,02%) na comparação com o mês anterior, passando de R$ 826,35 para R$ 826,48. Esta é a menor variação percebida desde outubro de 2005, quando o indicador acusou queda de 1,04%. No encerramento do primeiro trimestre em relação igual período de 2008, o custo da construção registrou elevação de 2,99%, puxada pela alta no preço do cimento e do concreto. Mesmo com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para materiais de construção que, entre outros produtos, isentou o cimento do recolhimento do tributo, o custo da produção não deverá cair. “Vamos monitorar, mas a tendência é que o custo se mantenha estável, no entanto, dificilmente será registrado aumento”, observou o coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), o economista Daniel Furletti. Para ele, a estabilidade apurada em março se deve à não variação de preços dos principais materiais de construção. O custo do material manteve-se praticamente estagnado, com ligeiro avanço de 0,03% e custo com mão-de-obra não alterado. O aluguel de equipamentos saltou 1,16%. Altas – Apesar do resultado, Furletti destaca as altas no preço do registro de pressão cromado, de 2,88%, do tubo de ferro galvanizado com costura (1,95%) e do concreto (1,79%). Neste período, o Índice geral de Preços-Mercado (IGP-M), que reajusta os preços dos aluguéis, caiu 0,74%. Já a alta no trimestre foi ocasionada pela elevação no período de 6% no preço do concreto e de 5,66% no preço do cimento, além de o custo com mão-de-obra ter registrado crescimento de 5,56%. No mesmo intervalo, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) oscilou negativamente, fechando o trimestre em -0,92%. O custo total do material teve elevação de 0,25%. O CUB por metro quadrado é um indicador de custos do setor que acompanha a evolução dos preços de materiais de construção, mão-de-obra, despesas administrativas e aluguel de equipamentos. O cáculo é feito para construções no projeto padrão R8-N (residência multifamiliar, padrão normal, com garagem, pilotis, oito pavimentos). BRUNO PORTO