No último dia 24 de julho, membros da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), representantes de entidades parceiras e profissionais do setor se reuniram para discutir soluções sustentáveis para a destinação dos resíduos gerados na Construção. No encontro foi detalhado o processo de seleção de materiais realizado pela Cooperativa Solidária de Trabalhadores e Grupos de Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste (Coopersol).
Diante das exigências cada vez maiores, seja do mercado seja da legislação, empresas de todos os setores têm buscado soluções para minimizar a geração de resíduos, bem como realizar o descarte correto dos materiais.
Uma das ações em curso é o Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com Foco em Resíduos de Serviços de Saúde (Rss) e Resíduos da Construção Civil e Volumosos (Rccv), capitaneado pelo governo do Estado, apresentado pela assessora de Resíduos Sólidos na Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Ayala Fonseca. A iniciativa busca soluções integradas com os municípios da RMBH.
Uma das principais dificuldades relatadas no encontro da CMA pelos empresários é justamente encontrar locais e prestadores de serviços legalizados na RMBH que façam a destinação ambientalmente correta dos resíduos.
Neste contexto, em Belo Horizonte, um importante parceiro da indústria, inclusive da Construção, são os catadores e uma das associações é a Coopersol. Seus cooperados realizam a coleta e seleção dos materiais que podem ser reciclados. A iniciativa, além de possibilitar o aproveitamento dos resíduos é também instrumento de geração de renda.
Presente na reunião, a diretora administrativa da Coopersol, Vilma da Silva Estevam, explicou quais são os resíduos de interesse da cooperativa e em quais condições eles estão adequados para a reciclagem. A apresentação teve a participação da coordenadora de Tecnologia e Informação em Resíduos do Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), Camila do Couto Seixas, que detalhou aos empresários, entre outros assuntos, a legislação acerca da destinação dos resíduos.
Posteriormente, o professor orientador da Universidade Federal do Estado de Minas Gerais (UFMG) Raphael Tobias falou sobre iniciativas e projetos que buscam o aumento da eficiência nos processos produtivos e operacionais. O pesquisador ainda apontou lacunas em que universidades e setor produtivo podem promover parcerias visando ao desenvolvimento de novas tecnologias e procedimentos.
Já o analista ambiental da Gerência de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Guilherme da Mata Zanforlin, falou sobre o Banco de Terras. O serviço virtual, disponível no site www.bolsadereciclaveis.com.br, possibilita que empresas do setor da Construção que precisam aterrar uma área possam começar negociação com outras que possuem terra de escavações.