Sinduscon – MG

Notícias

Home / Dilma: criação da CaixaPar não tem viés estatizante

Dilma: criação da CaixaPar não tem viés estatizante

Brasília – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, garantiu ontem que a permissão para que Caixa Econômica Federal (CEF) possa entrar como sócia de empresas da construção civil em dificuldades, dada pela Medida Provisória 443 com a criação da CaixaPar, “não tem viés estatizante”. Segundo ela, a intenção, inclusive, é de que a Caixa tenha uma participação minoritária nas empresas. “O contrário disso não faz sentido”, disse, durante debate no 3º Encontro Nacional da Indústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A ministra foi questionada por empresários da construção civil que vêem um problema ético no fato de a Caixa, maior financiadora do sistema imobiliário, passar a ser sócia de algumas empresas. A ministra afirmou que a associação com a CEF não será obrigatória, e lembrou que o BNDES já tem um braço para participações societárias, o BNDESPar, que é sócio de empresas que pertencem a setores financiados pelo banco. O final da apresentação de Dilma no encontro foi marcado por uma súbita queda na energia no Centro de Convenções Brasil XXI, onde acontece o evento, em Brasília. A luz demorou alguns minutos para voltar e, nesse intervalo, a ministra continuou respondendo às perguntas no escuro e sem microfone. Alguns convidados fizeram brincadeiras durante o ocorrido, relacionando o blecaute a um possível apagão. Aquisição – O DEM e o PSDB sugeriram ontem ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que se estabeleça na Medida Provisória 443 um prazo de vigência para que o Banco do Brasil (BB) e a Caixa possam comprar participações acionárias de pequenos bancos. De acordo com o líder do DEM, senador José Agripino Maia (RN), a sugestão foi bem recebida por Mantega na reunião com os líderes partidários no gabinete da presidência do Senado. O senador defendeu que o estabelecimento do prazo dando novas atribuições ao BB e à Cef é cabível para evitar que o Congresso não venha a dar “um cheque em branco” ao governo. Segundo Agripino Maia, esse prazo será fixado em reunião da bancada do DEM. No entanto, defendeu que as atribuições da CEF e do Banco do Brasil para comprar carteiras de crédito de pequenos bancos vigorem entre seis meses e um ano. Os senadores da base do governo que participaram do encontro, no entanto, deixaram o gabinete de Garibaldi Alves Filho com discursos diferentes. “O ministro concordou que é uma medida excepcional e pode sim ter um prazo de vigência pré-definido”, afirmou o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Já o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ter a convicção de que não será dado qualquer prazo de validade para que a CEF e o Banco do Brasil possam adquirir carteiras de pequenos bancos em dificuldades. (AE e ABr)