Fonte: Sebrae Minas
Mais de 500 pessoas participaram da edição on-line do SEBIM – Seminário BIM. O evento, realizado de 28 de setembro a 1º de outubro, reuniu especialistas, lideranças, técnicos, engenheiro, arquitetos e outros profissionais que atuam no setor da construção civil para discutir sobre os principais desafios para implementação do BIM e as exigências que começa a valer a partir de 2021 para as empresas que desejam participar de licitações de obras públicas.
Durante os quatro dias de evento foram realizadas 17 palestras, painéis e debates sobre o BIM no que diz respeito à processos de inovação, implementação, tendências, desafios e usabilidade, modelagem de negócios, industrialização e reestruturação das profissões.
“Apesar desta edição ter sido virtual, o SEBIM cumpriu sua missão de disseminar informações atuais e práticas, sem perder a qualidade e excelência do conteúdo apresentado. Podemos dizer que foi uma verdadeira ‘maratona de conhecimento’ sobre o BIM”, explica o diretor Técnico do Sebrae Minas, João Cruz Reis Filho.
Um time de especialistas nacionais e internacionais foi escalado para participar das discussões, entre eles: Décio Ferreira, arquiteto e professor do International Master BIM Manager da Zigurat, Ignasi Perez Arnal, sócio-fundador da BIM Academy, Wilton Catelani, consultor em BIM na Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Rogério Suzuki, co-autor do Guia BIM ABDI/MDIC, e da Coletânea BIM da CBIC, Wilton Catelani, presidente do BIM Fórum Brasil, Washington Lüke, representante da ISO para assuntos do BIM no Brasil, Fernando Marcato, secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, e Adam Matthews, chefe do International Stream do Center for Digital Built Britain.
”O SEBIM trouxe a experiência enriquecedora de grandes nomes ligados ao BIM. Encontros que nos inspiraram a buscar mais conhecimento e inovação para nosso trabalho. Não tenho dúvidas que vamos colocar em prática tudo que aprendemos no dia a dia dos nossos negócios”, afirma Israel Bruno Atayde, da Potenza Soluções.
Os participantes também conheceram histórias de projetos bem-sucedidos que adotaram a metodologia e tiveram benefícios como redução de custo a médio prazo e ganho de produtividade.
Os interessados também puderam fazer download gratuitos de vídeos, artigos, podcasts e e-books do BIM com informações sobre: mercado, principais demandas, vantagens, planejamento, verdades e mitos, processos de implementação, além de depoimentos de especialistas internacionais e nacionais sobre o futuro dessa metodologia.
Novas oportunidades em 2021
O ponto alto do evento foram as orientações sobre as novas exigências do BIM nas licitações públicas. O processo será gradual tendo início em janeiro de 2021 – apenas para projetos – e se estendendo até 2028 para todas as fases da edificação (projetos, obras e pós-obras) que passarão a exigir o BIM.
“O uso dessa metodologia trará a valorização da modelagem da informação e a riqueza do desenho técnico, reduzindo possíveis desperdícios de recursos públicos. Mais do que isso, as obras poderão ser mais sustentáveis e feitas em menor tempo, diminuindo aditivos contratuais, gerando mais transparência e evitando gastos desnecessários”, justifica o diretor Técnico do Sebrae Minas, João Cruz Reis Filho.
O BIM não será propriamente uma obrigatoriedade. Mas as empresas que não o adotarem não estão habilitadas a participar de licitações de obras públicas ou atuar como fornecedoras de construtoras e consórcios vencedores de processos licitatórios.
“As empresas de pequeno porte da construção devem estar atentas às oportunidades que estão por vim com a exigência do BIM nas licitações de obras públicas”, contextualiza Reis.
A 3ª edição do SEBIM foi uma realização do Sebrae em parceria com a Câmara Brasileira de BIM (CBIM-MG), Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais (Abrasip-MG) e Senai/Fiemg.