O setor da construção levou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sua preocupação com a sustentabilidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a preservação dos recursos destinados ao investimento em habitação e infraestrutura. O tema foi tratado em audiência na manhã desta quarta-feira (26), na cidade de Brasília: o ministro recebeu o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, e o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), Luiz França. Também participou do encontro o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.
“O ministro se mostrou aberto ao diálogo e levamos argumentos para demonstrar que todo saque extraordinário coloca em risco o FGTS”, comenta Renato Correia, referindo-se à decisão do governo federal de liberar o acesso ao saldo retido do FGTS para trabalhadores que tenham aderido ao saque aniversário. A iniciativa deve ser formalizada nesta semana, por intermédio de uma Medida Provisória (MP), com impacto estimado em R$ 12 bilhões. “Parece pequeno, mas equivale ao aplicado pela União na Faixa 01 do Minha Casa, Minha Vida em um ano”, destacou.
A CBIC tem acompanhado a discussão em torno da MP e levou ao governo federal esclarecimentos sobre o impacto da medida sobre o desempenho do setor. Preocupa os empresários o alto risco de redução de recursos para financiamento da habitação e da infraestrutura, especialmente diante das restrições do orçamento público federal. Durante a audiência com o ministro, CBIC e Abrainc trataram outros temas estratégicos para o setor da construção, como a expansão de mecanismos de financiamento imobiliário como a Letra Imobiliária Garantida (LIG) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI).
Fonte: CBIC