O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (ICEICON-MG) registrou 51,1 pontos em outubro, apontando um otimismo no setor. O indicador volta a ficar acima dos 50 pontos depois de quatro meses abaixo desse patamar.
Em outubro, permaneceu o descontentamento em relação às atuais condições de negócio, com índice de 41,8 pontos. Esse número foi influenciado pela percepção negativa do empresário quanto à economia no Brasil, com 38,5 pontos, e no Estado, com 38,6 pontos. Já o indicador referente às condições atuais na empresa fechou em 43,7 pontos.
Por outro lado, as expectativas para os próximos seis meses foram positivas. O índice geral marcou 56 pontos. O resultado é consequência do otimismo dos empresários quanto ao desempenho das economias mineira, com 52,3 pontos, e brasileira, na qual foram apurados 52,9 pontos, mas, sobretudo, pelas estimativas quanto à própria empresa, que registraram 57,6 pontos.
Para o economista e coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, o resultado sinaliza que o empresário está com disposição em investir, contudo ele ainda aguarda uma melhora do cenário econômico.
Atividade ainda em queda, mas perspectiva favorável
Segundo os dados levantados pela Sondagem da Indústria da Construção de Minas Gerais, em setembro, o nível de atividade em relação ao mês anterior foi de 46,7 pontos, o nível de atividade em relação ao usual ficou também em 46,7 pontos e o número de empregados apresentou 46,3 pontos. Portanto, todos abaixo da linha dos 50 pontos, significando queda.
Entretanto, as expectativas para os próximos seis meses foram positivas em todos os indicadores analisados. O nível de atividade na Indústria da Construção apresentou 53,9 pontos, o de compras de matérias-primas registrou 52 pontos e o de contratações ficou em 54,9 pontos. Já as perspectivas de novos empreendimentos chegou aos 57,5 pontos.
Resultados trimestrais
Em relação às condições financeiras das empresas, os números do terceiro trimestre de 2013 ficaram abaixo da linha dos 50 pontos, mostrando o descontentamento dos empresários. O indicador menos favorável foi quanto à acessibilidade ao crédito, com 44,5 pontos, seguido do índice referente à margem de lucro, com 45,7 pontos. A avaliação da situação financeira da empresa registrou 48,2 pontos.
Dentre os principais problemas enfrentados pelo setor, 50% dos empresários destacaram o peso da excessiva tributação, a falta de demanda foi mencionada por 44,1% dos entrevistados e 41,2% também lembraram a escassez de mão de obra qualificada.
A pesquisa
A Sondagem da Construção de Minas e o Índice de Confiança do Empresário Industrial da Construção de Minas são elaborados pela Gerência de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em conjunto com a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e tem como parceiro o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG). Os dados foram coletados entre 1º e dia 11 de outubro junto a 38 empresas mineiras.
Assessoria de Comunicação do Sinduscon-MG